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IRAQUE SOB TUTELA
Adel al Zubeidi representava o ex-vice-presidente Taha Yassin Ramadan; defesa pede que corte seja transferida
Segundo advogado do caso Saddam é morto
DA REDAÇÃO
Um advogado da equipe que
defende Saddam Hussein e mais
sete réus foi morto ontem, e um
outro foi ferido, no segundo atentado fatal contra representantes
do ex-ditador iraquiano.
Adel al Zubeidi, representante
do ex-vice-presidente Taha Yassin Ramadan, foi morto a tiros
por três homens que dispararam
de um carro em movimento e fugiram. A emboscada aconteceu
quando ele passava de carro pelo
bairro de Adil (Bagdá), às 12h45.
Dias atrás, Zubeidi dissera a
amigos que temia por sua vida.
Seu acompanhante, Thamir al
Khuzaie, representante do ex-chefe da polícia secreta e meio-irmão de Saddam, Barazan Ibrahim Hassan al Tikriti, foi ferido.
O assassinato alimenta as dúvidas de que o julgamento prossiga
no Iraque. Os procedimentos começaram em 19 de outubro, mas,
após poucas horas, foram suspensos até 28 de novembro porque
várias testemunhas faltaram à audiência por medo. Saddam e seus
sete aliados estão sendo julgados
pela morte de 143 xiitas em Dujail,
ao norte de Bagdá, em 1982. O caso, escolhido pela facilidade de
reunir provas, é um dos mais
brandos envolvendo o ex-ditador.
O principal advogado que representa Saddam, Khalil al Dulaimi, culpou o atual governo pelo
assassinato de seu colega. À rede
de TV de Qatar Al Jazira, ele afirmou que o ataque foi executado
por "um grupo armado usando
carros do governo" e pediu que o
julgamento seja transferido para
um país neutro. O governo negou
ter participação no crime.
"O objetivo é assustar os advogados", disse Dulaimi. "Pedimos
à comunidade internacional e ao
secretário-geral da ONU que enviem uma equipe de investigação,
pois a situação é insuportável."
No dia 20 de outubro, Saadoun
al Janabi, que representava Awad
Hamed al Bandar, chefe da Corte
Revolucionária do governo de
Saddam, foi seqüestrado em seu
escritório e encontrado morto horas depois.
Ataque a civis
Também ontem, a rede italiana
RAI exibiu um documentário em
que acusa os EUA de terem usado
indiscriminadamente bombas de
pó fosforescente em uma ofensiva
em 2004 em Fallujah, na mesma
região. Os EUA afirmam que os
artefatos serviam para localizar os
inimigos, tornando-os brilhantes
durante a noite. Mas, de acordo
com relatos exibidos no programa -inclusive de um ex-marine-, acabaram atingindo civis e
provocando queimaduras graves
em mulheres e crianças.
Com agências internacionais
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