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ONU NA ÁFRICA
Movimento de tropas causa êxodo de civis
Tropas rebeldes avançam em direção à capital de Serra Leoa
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Milhares de civis amedrontados chegaram ontem à capital de
Serra Leoa, Freetown, dizendo estar fugindo do avanço dos rebeldes em direção à cidade.
Os civis disseram que soldados
das forças de paz da ONU os haviam aconselhado a deixar suas
casas, depois que souberam de
graves enfrentamentos em Masiaka, a 56 km da capital.
Masiaka é um cruzamento estratégico. Seu controle pode representar o domínio da principal
estrada que leva a Freetown.
Os soldados da ONU, que defendiam a cidade, foram obrigados a abandoná-la, ontem, por
falta de munição.
O porta-voz da missão, David
Wimhurst, informou que cerca
de 200 capacetes azuis (como são
conhecidos os soldados da ONU)
tiveram de deixar suas posições,
"pois não podiam defendê-las
sem a munição necessária".
Ainda ontem, o Reino Unido,
de quem Serra Leoa foi colônia,
anunciou ter conseguido retirar
cerca de 320 britânicos, europeus
e cidadãos de outros países da Comunidade Britânica do país.
A localização do líder dos rebeldes, Foday Sankoh, que desapareceu depois que sua casa foi atacada por populares em manifestação anteontem, continua incerta.
As tropas da ONU, que chegam
a 8.500 soldados, estão no país
desde outubro do ano passado,
para assegurar que o acordo de
paz assinado entre o governo e os
rebeldes, que pôs fim a oito anos
de guerra civil, seja respeitado.
Mais de 500 capacetes azuis são
mantidos como reféns pelos rebeldes há alguns dias. Houve relatos, não confirmados, que dois
deles teriam sido mortos ontem.
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