São Paulo, sábado, 10 de maio de 2008

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Articulação diplomática quer conter Irã

DA REDAÇÃO

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, telefonou ontem para o chanceler saudita, Saud al Faisal, a seu homólogo francês, Bernard Kouchner, e ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para discutir "medidas da comunidade internacional de apóio ao governo libanês diante de atos ilegais de grupos armados".
A Casa Branca disse estar consultando outros governos da região e membros do Conselho de Segurança para punir os responsáveis pela violência no Líbano.
Dentro desse mutirão diplomático para evitar uma nova guerra civil, Egito e Arábia Saudita, aliados do premiê Fuad Siniora, convocaram uma reunião de emergência da Liga Árabe.
A União Européia e dois de seus integrantes, a França e a Alemanha, lançaram um apelo por uma solução pacífica do conflito. A Síria disse se tratar "de um assunto interno" libanês, de modo a rejeitar as insinuações sobre sua ingerência. O Irã acusou os Estados Unidos e Israel de "interferência aventureira".
O "Financial Times" diz que o governo americano preocupa-se sobretudo com a crescente influência do Irã na região, sobretudo no Iraque e nos territórios palestinos, onde aquele país apóia o grupo islâmico Hamas.
Caso o Hizbollah assuma o controle de Beirute, diz o jornal, seria um novo desastre para Washington e seus aliados árabes, no esforço de conter as ambições sírias e iranianas.
Em Brasília, o Itamaraty publicou nota em que diz acompanhar a situação "com grande preocupação". Reitera o apoio ao governo de Siniora e diz que tomará "as providências necessárias" para proteger a comunidade brasileira no Líbano.


Com agências internacionais

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