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Autoridades sauditas detiveram ontem seis mulheres que dirigiam carros em Riad, capital do país. O país permite, na prática, apenas homens ao volante nas ruas.
Não há proibição oficial para mulheres dirigirem no país, mas as carteiras de habilitação são expedidas apenas para homens, o que mantém as mulheres em uma espécie de limbo institucional.
Rasha al Duwaisi, uma das detidas, diz que um grupo de mulheres com idades entre 21 e 30 anos se reúne em um bairro da capital saudita de tarde para aulas de direção.
Elas usavam três carros. Foram rapidamente abordadas pela polícia e levadas a uma delegacia. Só seriam libertadas mediante custódia de um "guardião homem".
"Não é a primeira vez que fazemos isso", afirmou Duwaisi por telefone à Reuters. "Eu tenho direito a dirigir e a saber dirigir. Eu não posso dirigir e dependo de um motorista que partilho."
Duas das outras mulheres presas eram irmãs de Duwaisi, segundo ela. As outras três eram jovens que conheceu no Facebook ou Twitter.
Muitas famílias na Arábia Saudita têm um motorista, com salário de 2.000 rials (US$ 533), por mês. Os que não podem arcar com o luxo escolhem um homem da família para guiar as mulheres.
Autoridades sauditas prenderam Manal Alsharif, no mês passado, por postar YouTube um vídeo dirigindo e convidando outras mulheres a fazerem o mesmo.
Milhares de sauditas aderiram a grupos no Facebook a favor das mulheres no volante. Alsharif lançou campanha on-line para as mulheres saírem às ruas do país no dia 17 de junho.


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