São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Israel diz que não há prazo para o final da ofensiva

Mais um civil é morto após um ataque no sul de Gaza

DA REDAÇÃO

O premiê israelense, Ehud Olmert, afirmou que a ofensiva militar na faixa de Gaza seguirá por tempo indeterminado. "É uma guerra em que é impossível definir um prazo", declarou. Ontem, mais um civil palestino foi morto no prosseguimento das operações na região.
Olmert está sob pressão da maioria da comunidade internacional, que acusa o Exército de Israel de uso exagerado da força nas operações que já duram quase duas semanas nos territórios palestinos.
Na cidade de Rafah (sul da faixa de Gaza), um caixa de supermercado de 18 anos foi morto e sete outros palestinos ficaram feridos depois que um míssil das forças de Israel, direcionado a um carro que levava militantes, errou o alvo. Na Cidade de Gaza, uma criança de oito anos e mais quatro pessoas ficaram feridas após um ataque aéreo israelense. Militantes palestinos dispararam três foguetes contra a cidade israelense de Sderot. Uma casa foi atingida, mas não houve feridos.
Anteontem, durante um bombardeio de Israel, uma mulher de 46 anos e seus dois filhos morreram na periferia da Cidade de Gaza. Até ontem, 51 palestinos, a maioria integrante de organizações terroristas, haviam sido mortos desde o início da ofensiva israelense, desencadeada após o seqüestro do soldado Gilad Shalit, 19, no dia 25 de junho, em ação reivindicada por três grupos -entre eles, o braço armado do Hamas.

Cessar-fogo
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, que faz parte da ala política da organização terrorista, fez anteontem uma oferta de cessar-fogo, que foi rejeitada prontamente por Israel.
Ehud Olmert declarou ontem que Israel "não pode sentar e não responder aos disparos de Qassam", referindo-se aos foguetes lançados por militantes palestinos. Na semana passada, pela primeira vez uma cidade de porte considerável -Ashkelon, de 115 mil habitantes- foi atingida por um foguete, mas sem deixar feridos.
O negociador palestino, Saeb Erekat, pediu ajuda de organizações internacionais para evitar uma catástrofe humanitária em Gaza. Boa parte da infra-estrutura da região foi destruída durante os bombardeios.
O premiê de Israel também afirmou que não vai ceder à demanda dos grupos que mantêm o soldado refém de libertar cerca de mil prisioneiros palestinos. Segundo ele, atender a essa exigência seria privilegiar negociações com extremistas.
"Antes do seqüestro nós iríamos libertar prisioneiros. Mas a intenção é fazer isso em conversações com elementos moderados [da liderança palestina]", declarou o premiê.


Com agências internacionais


Texto Anterior: "Eixo do mal": EUA dizem ter os votos para sanção à Coréia
Próximo Texto: Alvo de foguetes Qassam pela 1ª vez, Ashkelon tem a sua rotina alterada
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.