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IRAQUE SOB TUTELA
Alvos das ações foram Fallujah e Tal Afar
Sem controle sobre 3 cidades, EUA atacam e matam pelo menos 40
DA REDAÇÃO
Os EUA lançaram ontem uma
série de operações militares contra insurgentes em três cidades
iraquianas. A agência de notícias
Associated Press fala em mais de
60 mortos. Já a France Presse disse que foram 40 vítimas.
Os ataques ocorreram um dia
depois de o Pentágono admitir
que as forças americanas e iraquianas não controlam as cidades
de Samarra, Fallujah e Ramadi.
Nas duas últimas, segundo os
EUA, podem demorar semanas
até que seja restabelecido o controle do governo iraquiano.
Os combates de ontem tiveram
como um dos focos a cidade de
Tal Afar, perto da fronteira com a
Síria. Em comunicado, o comando militar americano disse que as
operações ao redor da cidade têm
como objetivo "eliminar o grande
número de terroristas".
O Exército dos EUA afirmou
que 57 insurgentes morreram no
ataque. Já o diretor de saúde da
região, Rabie Yassin, disse que 27
civis morreram e 70 ficaram feridos. Não está claro se os que foram contados como civis são os
mesmos que os EUA contabilizaram como insurgentes.
As forças dos EUA e o governo
iraquiano permitiram que equipes médicas entrassem na cidade
para socorrer os feridos.
O ataque aéreo em Fallujah deixou nove mortos. O alvo foi um
prédio que os EUA suspeitam que
seja usado por aliados do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi -uma das principais lideranças da rede terrorista Al Qaeda. O comando militar dos EUA
disse que três aliados de Zarqawi
estão entre os mortos.
A Associated Press afirma que
duas crianças morreram na ação.
A Reuters diz que foram quatro
crianças e duas mulheres.
Segundo o Ministério da Saúde
do Iraque, 16 pessoas morreram
na cidade nas últimas 24 horas.
A ação ocorreu pelo terceiro dia
seguido em Fallujah. O prédio alvejado, de dois andares, foi destruído. Representantes das lideranças de Fallujah estão em contato com o governo do premiê iraquiano Iyad Allawi para restabelecer algum grau de controle oficial sobre a cidade.
Os moradores de Fallujah querem que os EUA parem com os
ataques e paguem uma compensação para as famílias das vítimas
dos ataques. Allawi exige que os
terroristas ligados à Al Qaeda, que
estão em Fallujah, segundo os
EUA e o governo iraquiano, sejam entregues.
Utilizando uma estratégia diferente, as forças dos EUA e do Iraque entraram em Samarra pela
primeira vez em meses. Foi feito
um acordo com líderes locais para
que o governo seja restaurado.
As ações ocorrem em uma semana na qual militares dos EUA
foram vítimas de sucessivos ataques. Mais de mil americanos
morreram desde o início da Guerra do Iraque, em março de 2003.
Abu Ghraib
A CIA (serviço de inteligência
dos EUA) manteve presos dezenas de iraquianos sem registrá-los
devidamente -conforme prevê a
Convenção de Genebra- na prisão de Abu Ghraib. Esses registros
servem para que a Cruz Vermelha
inspecione as condições a que os
presos são submetidos.
Comissão composta por três generais dos EUA concluiu inicialmente que havia apenas oito casos documentados. Porém, segundo dois desses generais, o
"número é de dezenas, talvez cem
casos" de prisioneiros escondidos, mas não há documentação.
Com agências internacionais
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