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Polícia de Israel prende grupo neonazista
Imigrantes da antiga União Soviética, jovens são acusado por ataques a judeus ortodoxos, homossexuais e viciados em drogas
Presos receberam cidadania israelense por força da lei que incentiva a imigração de estrangeiros com laços distantes com o judaísmo
France Presse
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Foto divulgada pela polícia mostra os jovens em saudação nazista |
DA REDAÇÃO
A polícia de Israel informou
ter desmantelado um grupo de
neonazistas acusados de violentos ataques racistas no país.
A notícia chocou o país, criado
em 1948 como o Estado judeu
quando o mundo ainda estava
abalado com a barbárie nazista.
Os oito suspeitos, todos imigrantes da ex-União Soviética
entre 16 e 21 anos, aparecem
em vídeos chutando vítimas no
chão, batendo na cabeça de um
homem com uma garrafa e fazendo saudações nazistas.
A descoberta da célula nazista causou imensa revolta no
país, onde ainda vivem sobreviventes do Holocausto, que matou seis milhões de judeus. O
premiê Ehud Olmert reagiu
com indignação. "Nós também,
como sociedade, falhamos na
educação desses jovens", disse.
Os suspeitos, que imigraram
quando crianças, foram presos
por ligação com pelo menos 15
ataques -que o grupo filmava- contra judeus ortodoxos,
viciados em drogas, estrangeiros e homossexuais. Seis confessaram os crimes, segundo a
polícia. Ataques racistas isolados ocorrem em Israel com certa freqüência, mas esta é a primeira célula neonazista descoberta no país.
Sob a Lei do Retorno, quem
tem pai ou avô com origem judaica pode imigrar para Israel e
receber cidadania.
Autoridades afirmam que a
lei permitiu a imigração de estrangeiros com laços questionáveis com o judaísmo após o
fim da União Soviética. Cerca
de um milhão de habitantes da
ex-URSS se mudaram para Israel desde os anos 1990, compondo parte significativa da população, hoje de sete milhões.
Todos os suspeitos têm origens judaicas distantes e não se
identificam como judeus. Suas
famílias fugiram das duras condições de vida na ex-URSS.
Segundo o diário "Haaretz",
um dos vídeos mostra o grupo
cercando um viciado em heroína, enquanto ele admite ser judeu. Os jovens então ordenam
que ele se ajoelhe, implore por
perdão por ser judeu e viciado,
o espancam violentamente, assim como fazem com outro homem que tenta interceder.
Meir Shitrit, ministro do Interior, disse que os presos poderão ter a cidadania revogada.
A Liga Antidifamação, ONG judaica dos EUA, afirmou que "a
trágica ironia é que os acusados
"seriam aniquilados pelos nazistas que imitam".
Ataque frustrado
O Exército de Israel prendeu
ontem na Cisjordânia um jovem palestino com explosivos
que supostamente seriam usados em um atentado em Tel
Aviv. Segundo o Exército, o detido iria entregar os explosivos
a terroristas em território israelense.
Com agências internacionais
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