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Rússia negocia libertação de soldados
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A Rússia manteve ontem conversações com autoridades sírias
e libanesas para tentar arranjar
uma troca de presos entre Israel e
os guerrilheiros do Hizbollah, que
sequestraram três soldados israelenses no sábado.
O grupo extremista islâmico
quer que Israel liberte presos libaneses e palestinos em troca dos
três soldados que sequestrou no
sul do Líbano.
A ação do Hizbollah provocou a
preocupação mundial de que a
violência de Israel e dos territórios
palestinos pudesse se estender ao
Líbano e à Síria.
O premiê israelense, Ehud Barak, ameaçou tomar medidas
enérgicas se Líbano e Síria não reprimissem os guerrilheiros. O
Hizbollah, que é financiado pelo
Irã, afirmou que retaliaria se Israel atacasse o território libanês.
O ministro das Relações Exteriores russo, Igor Ivanov, foi a Beirute (Líbano) -depois de ter visitado Damasco (Síria)- para conversar com o presidente libanês,
Émile Lahoud.
Ele também se reuniu com o
primeiro-ministro do país.
O Hizbollah informou que um
alto funcionário russo encontraria ontem seu líder, Hassan Nasrallah, em Beirute.
Ivanov afirmou que Israel não
mataria mais palestinos. Ele disse
que Moscou tentava pôr fim à onda de violência na região, condição imposta por Barak para prosseguir com as negociações de paz.
"O objetivo de nossa visita é
prevenir a escalada da tensão e
amenizar a situação, de modo que
seja reaberto o caminho para a retomada do processo de paz", declarou Ivanov depois de conversar com o presidente sírio.
O representante especial da
ONU no Líbano, Rolf Knutsson,
também disse que se sentia "otimista" depois de conversar com
Nasrallah, e que uma solução rápida poderia ser atingida.
"Não posso dar mais nenhuma
informação. Foi uma boa reunião.
Um encontro frutífero", disse
Knutsson a repórteres. Questionado sobre a chance de um desfecho rápido e positivo para o problema, afirmou: "Estou otimista".
Knutsson pedira, numa reunião
no início do dia, em Beirute, que
Lahoud enviasse mais soldados
para a fronteira meridional do
país para conter as tensões.
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