São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2007

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GUERRA SEM LIMITES

ONU denuncia contratação de mercenários

DA EFE

Os governos da América Latina devem rever sua legislação para combater a crescente contratação de mercenários entre os atuais e antigos membros das suas forças de segurança. Tais contratações são feitas por empresas privadas de segurança que atuam em países como Iraque e Afeganistão.
A recomendação é de José Luis Gómez del Prado, relator do Grupo de Trabalho sobre Mercenários da ONU. Segundo o espanhol, essas companhias "se apresentam como se fossem capacetes azuis, mas pagam [os mercenários] para matar".
Para Del Prado, que divulgou ontem relatório sobre o assunto, grande parte dos países latino-americanos carece dos mecanismos legais necessários para regular o recrutamento feito por empresas de segurança dos EUA e do Reino Unido. Ele adianta que a oportunidade para começar a fazê-lo é a reunião regional sobre o tema, em 17 e 18 de dezembro.
A ONU estima que 3.000 latino-americanos tenham sido contratados nos últimos anos por essas companhias, que valorizam a experiência de combate e a oferta barata.
O espanhol lamentou que apenas 30 países tenham ratificado a Convenção Internacional contra os Mercenários -Estados Unidos e a maioria dos latino-americanos não estão entre eles.


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