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GUERRA SEM LIMITES
ONU denuncia contratação de mercenários
DA EFE
Os governos da América
Latina devem rever sua legislação para combater a
crescente contratação de
mercenários entre os
atuais e antigos membros
das suas forças de segurança. Tais contratações
são feitas por empresas
privadas de segurança que
atuam em países como
Iraque e Afeganistão.
A recomendação é de
José Luis Gómez del Prado, relator do Grupo de
Trabalho sobre Mercenários da ONU. Segundo o
espanhol, essas companhias "se apresentam como se fossem capacetes
azuis, mas pagam [os mercenários] para matar".
Para Del Prado, que divulgou ontem relatório sobre o assunto, grande parte dos países latino-americanos carece dos mecanismos legais necessários para regular o recrutamento
feito por empresas de segurança dos EUA e do Reino Unido. Ele adianta que
a oportunidade para começar a fazê-lo é a reunião
regional sobre o tema, em
17 e 18 de dezembro.
A ONU estima que
3.000 latino-americanos
tenham sido contratados
nos últimos anos por essas
companhias, que valorizam a experiência de combate e a oferta barata.
O espanhol lamentou
que apenas 30 países tenham ratificado a Convenção Internacional contra
os Mercenários -Estados
Unidos e a maioria dos latino-americanos não estão
entre eles.
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