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Hillary anuncia voto contra livre comércio
Principal pré-candidata democrata à Presidência, senadora diz que não dará aval a tratados com Panamá e Colômbia
Única exceção, segundo Hillary, será TLC com o Peru, que inclui "proteções trabalhistas e ambientais"
DA REDAÇÃO
A senadora e pré-candidata
democrata à Casa Branca Hillary Clinton declarou-se contrária aos acordos de livre comércio assinados pelos EUA
com a Colômbia, o Panamá e a
Coréia do Sul -todos ainda
precisam ser ratificados pelo
Legislativo americano.
Hillary, que lidera a corrida
para ser nomeada candidata à
Presidência por seu partido, já
havia criticado o Tratado de Livre Comércio (TLC) com a Coréia do Sul, mas é a primeira vez
que se posiciona sobre os demais acordos.
A opinião pública da senadora deve complicar a tarefa do
governo George W. Bush de
convencer os democratas, que
dominam o Legislativo americano, a aprovar os tratados.
As críticas de Hillary apareceram em comunicado em que
ela comemorava a aprovação
do acordo comercial dos EUA
com o Peru na Câmara dos Representantes anteontem. A senadora sinalizou que votará a
favor desse tratado, já modificado pelos democratas, quando
ele chegar ao Senado.
"[O acordo peruano] tem
proteções trabalhistas e ambientais muito fortes. Incorpora importantes avanços em matéria de direitos humanos dos
trabalhadores e iguala a situação com os trabalhadores americanos", escreveu Hillary.
Já sobre o acordo com a Colômbia, aliada mais próxima
dos EUA na América Latina, diz
a nota: "Estou muito preocupada com a história de violência
contra os líderes sindicalistas".
Segundo a Confederação Sindical Internacional, a Colômbia
é o país mais perigoso do mundo para o sindicalismo -78 líderes foram mortos em 2006.
Também criticado pelos democratas por supostos vínculos
com paramilitares, o presidente Álvaro Uribe reagiu à nota:
"Isso é muito grave. É uma imperdoável incompreensão contra a Colômbia".
No caso do Panamá, o problema apontado por Hillary é o
presidente da Assembléia Nacional do país, Pedro Miguel
Gonzáles. Contra ele há uma
ordem de captura emitida pelos EUA pela acusação de matar
um militar americano.
Críticos dizem, porém, que
verdadeiro obstáculo aos tratados é o protecionismo econômico dos democratas, que têm
em sua base os sindicatos.
Com agências internacionais
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