São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2011

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Empréstimo entre bancos britânicos fica mais caro

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Incertezas políticas na Itália e na Grécia começaram a afetar o mercado de empréstimos entre bancos britânicos, uma indicação de que o agravamento da crise da dívida deve atingir com mais força a economia real. Se os bancos cobram mais para empréstimo interbancário, significa que estão receosos de que o dinheiro desapareça do mercado, o que no jargão econômico é chamado de crise de liquidez. Os bancos poderão em seguida aumentar os juros para empréstimos a empresas e famílias.
Ontem, a taxa cobrada por bancos para emprestar a outros bancos por três meses, a Libor, chegou a 0,998% no Reino Unido. Esse é o maior valor desde 2008, quando a crise internacional estourou. Em condições normais, a diferença entre os juros básicos e a Libor é de 20%, mas ontem a taxa cobrada entre os bancos era quase o dobro.
A taxa de juro básico britânica atualmente é de 0,5%, valor que o Banco da Inglaterra (banco central do país) cobra para emprestar às instituições financeiras.
Um dos maiores bancos da Europa, o HSBC ameaçou ontem deixar o Reino Unido se novas regulações bancárias forem colocadas em prática. O chefe-executivo do HSBC, Stuart Gulliver, disse que o banco não precisa se capitalizar mais contra a crise. Se for obrigada a isso, a instituição pode tirar sua diretoria da capital britânica, onde está há há 19 anos.
O contágio das incertezas atingiu também a Espanha ontem. O prêmio de risco espanhol atingiu 414 pontos, próximo do recorde de agosto, quando o BCE (Banco Central Europeu) começou a comprar títulos da dívida do país para tentar segurar a escalada dos juros. O prêmio de risco é quanto os investidores cobram para comprar títulos de países menos seguros. O cálculo é feito pela diferença entre o retorno dos títulos de um país e o retorno dos títulos alemães, considerados os mais seguros da Europa.


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