São Paulo, segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

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Oposição

Quiroga quer ir a corte internacional

DA REDAÇÃO

O ex-presidente Jorge "Tuto" Quiroga (2001-2002), líder do oposicionista Podemos, disse que seu partido apelará a "todas as instâncias" para denunciar a aprovação da Carta, inclusive à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
A Constituição foi aprovada em sessão de quase 16 horas na madrugada de domingo em Oruro, reduto do MAS (Movimento ao Socialismo), do presidente Evo Morales, com presença reduzida da oposição.
Líderes dos Comitês Cívicos bolivianos, organizações ligadas a empresários, afirmam que não vão acatar a nova Carta.
"Como podemos acatar um texto constitucional da forma como está sendo aprovado, sem a participação do conjunto dos bolivianos?", criticou Ana Malena, líder do comitê de Pando, um dos cinco departamentos (Estados) governados pela oposição.
O líder do comitê de Santa Cruz, mais rico departamento do país, disse ontem que a sessão foi "ilegal" e que os comitês vão continuar defendendo a autonomia regional.

Brasil
Quiroga ainda criticou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. O boliviano reclamou da "passividade" de Lula no episódio da escala de um avião militar venezuelano em Rio Branco quinta-feira.
A aeronave havia aterrissado na cidade boliviana de Riberalta, no departamento de Beni, governado pela oposição. O avião foi apedrejado por manifestantes que acreditavam que ele carregasse armas. A aeronave decolou então, rumo ao Acre.
Lula "não pode permanecer calado na entrada de aviões com militares venezuelanos", reclamou Quiroga. A Força Aérea brasileira não vistoriou o avião.


Com agências internacionais

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