São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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Atentado mata 23 em protesto contra o governo no Paquistão

Ataque foi o mais grave desde o anúncio da nova data das eleições legislativas

DA REDAÇÃO

Um atentado suicida deixou ontem ao menos 23 mortos -em sua maioria, policiais- e 60 feridos em Lahore, segunda maior cidade do Paquistão. O ato chega duas semanas depois do ataque que matou a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto e pode acirrar o clima de insegurança no país, pouco mais de um mês antes das eleições legislativas de 18 de fevereiro.
Segundo autoridades locais, o suicida estava em uma motocicleta e acionou seu casaco-bomba quando foi abordado por policiais. O atentado foi cometido na frente do tribunal de Lahore, onde forças de segurança estavam se preparando para reprimir um protesto de advogados contra o regime do ditador Pervez Musharraf.
No momento do atentado, policiais britânicos estavam na cidade visitando laboratórios forenses, no âmbito das investigações sobre a morte de Benazir Bhutto, vítima de um ataque a tiros seguido por uma bomba em 27 de dezembro.
Partidários de Bhutto afirmam que o serviço secreto paquistanês está por trás do ataque que matou a ex-premiê e pedem que a ONU participe das investigações. O governo nega e atribui à rede terrorista Al Qaeda a onda de atentados que assola o país desde o ano passado e deixou mais de 800 mortos.
O assassinato de Bhutto levou o governo a adiar as eleições, inicialmente previstas para 8 de janeiro. Seu partido, o PPP, era um dos favoritos.
As forças de segurança temem que a situação se deteriore não só com a chegada das eleições, mas também por causa do início do mês sagrado de Muharram, que abriu ontem o calendário muçulmano. Em anos anteriores, as celebrações provocaram conflitos entre as comunidades sunita e xiita.


Com agências internacionais


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