São Paulo, segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

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Iemenitas se dispõem a falar com a Al Qaeda

DA ASSOCIATED PRESS

Na contramão das crescentes pressões dos EUA pelo maior cerco à Al Qaeda em seu solo, o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, disse que o governo está disposto a dialogar com insurgentes ligados à rede terrorista que depuserem suas armas.
"O diálogo é o melhor caminho, mesmo com a Al Qaeda, se colocarem as armas de lado e voltarem à razão", disse Saleh em entrevista à TV Abu Dhabi veiculada ontem.
"Estamos prontos para alcançar o entendimento com qualquer um que renunciar à violência e ao terrorismo."
O presidente ressaltou, porém, que o Iêmen está "determinado a fazer frente aos desafios" da Al Qaeda caso a possibilidade seja rejeitada pela rede terrorista e garantiu que as forças de segurança iemenitas darão sequência à ofensiva em curso contra os insurgentes no país.
Sanaa está sob pressão americana desde o atentado frustrado a um avião que ia de Amsterdã a Detroit no último dia 25, orquestrado pela rede no país -por onde passou Umar Farouk Abdulmutallab, o autor do ataque.
Os EUA se opõem ainda a acordos firmados pelo governo iemenita com extremistas nos últimos anos para manter as ao menos três frentes de combate simultâneas que o Iêmen trava sob controle.
O aceno de Sanaa aumenta os temores de que o país, empobrecido e com um Estado fraco, não seja capaz de manter a ofensiva contra a Al Qaeda no longo prazo.


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