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Carro-bomba mata pelo menos oito em Bagdá
DA REDAÇÃO
Um carro-bomba explodiu ontem diante de uma mesquita sunita enquanto fiéis saíam do templo, em Bagdá. Pelo menos oito
pessoas morreram, e 21 ficaram
feridas no incidente, ocorrido no
violento distrito de Doura. Cerca
de uma hora depois, homens
mascarados atiraram em pessoas
que estavam no local, matando
uma mulher e ferindo várias pessoas, segundo autoridades locais.
A capital iraquiana também foi
lugar do seqüestro de um clérigo
sunita, levado de sua casa na noite
de anteontem por homens vestidos de uniformes do Ministério
do Interior, segundo parentes.
Os ataques ocorreram no mesmo dia em que foram divulgados
os resultados oficiais das eleições
de 15 de dezembro passado.
O Parlamento, eleito para um
mandato de quatro anos, tem 275
vagas, das quais 128 serão ocupadas por uma aliança árabe-xiita.
Os árabes sunitas, que comandavam o país junto com Saddam
Hussein durante sua ditadura e
boicotaram as eleições ao Parlamento provisório que ora se desfaz, ocuparão 55 dos assentos.
Os incidentes violentos de ontem agudizam a tensão sectária
no país. Ahmed Hassan, 36, que
rezava na mesquita no momento
da explosão, opinou: "Os terroristas estão tentando criar uma rixa
entre os sunitas e os xiitas".
Por outro lado, o seqüestro do
imã Adel Khalil Dawoud por homens que, supostamente, usavam
uniformes oficiais aumentou as
acusações de que o próprio Ministério do Interior, comandado
por árabes xiitas, realiza uma
campanha de violência sectária.
O clérigo radical xiita Moqtada
al Sadr, em entrevista à agência
Reuters, disse que as diferenças
entre os grupos muçulmanos podem ser deixadas de lado em nome da defesa do islã -contra os
ocidentais. Sobre a reação mundial às charges com a figura do
profeta Muhammad, Al Sadr disse que se trata de "uma educação
do povo contra idéias ocidentais
que querem ferir o islã".
A violência no Iraque vitimou
também mais dois militares dos
EUA, segundo o Exército do país.
O carro dos fuzileiros foi atingido
anteontem por uma bomba, em
Fallujah. Ontem, as forças americanas anunciaram que aviões F-15
e F-16 estão dando apoio às tropas
em combate contra a insurgência
iraquiana, sem especificar se a
operação dos caças é de inteligência ou de ataque.
Jornalista americana
Segundo a TV kuaitiana Al Rai,
fontes próximas aos seqüestradores da jornalista Jill Carroll disseram que eles estabeleceram o próximo dia 26 como limite para o
cumprimento de suas exigências.
Em vídeos divulgados anteriormente, a americana disse que os
seqüestradores ameaçam matá-la
se não forem libertadas todas as
mulheres que estão em prisões
americanas no Iraque. O canal de
TV afirmou que as exigências são
mais específicas e foram repassadas às autoridades.
Com agências internacionais
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