São Paulo, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

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Major rebelado liderou levante militar em 2006

DA REDAÇÃO

Autor dos disparos contra o presidente José Ramos-Horta, o major Alfredo Reinado liderou uma insurreição militar que culminou em uma onda de violência em Timor Leste em 2006 e só acabou com a queda do então premiê Mari Alkatiri, cuja demissão era exigida pelo comandante rebelado.
O conflito entre forças de segurança de facções rivais e grupos étnicos se estendeu por dois meses e levou à morte de ao menos 30 pessoas, além de forçar outras 100 mil a deixarem suas casas.
O início da crise foi a exoneração de 600 soldados que abandonaram seus postos e aderiram a Reinado. O grupo, que se dizia preterido dentro do Exército, era formado por militares vindos da região oeste do país e tido pelos comandantes como suspeito de simpatias pela Indonésia, que dominou Timor Leste por 24 anos após a retirada portuguesa, em 1975.
Com a divisão do Exército e o colapso da polícia local, grupos de criminosos aproveitaram a situação e passaram a saquear e a incendiar casas e estabelecimentos da capital, Dili. Tropas estrangeiras, sobretudo australianos, foram chamadas pelo governo a intervir.
Depois da demissão de Alkatiri, Reinado e seus homens entregaram as armas, mas negaram uma rendição.
No início de 2007, o premiê Xanana Gusmão autorizou a captura de Reinado por forças internacionais. Desde então, ele estava foragido.


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