São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

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Ex-chanceler é citado como opção na praça

DO ENVIADO AO CAIRO

A revolta que começou sem líderes pode ser herdada por um velho conhecido do regime.
Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe, começa a emergir como nome entre os manifestantes para liderar o Egito no período pós-Mubarak. Fez parte do governo como chanceler entre 1991 e 2001.
Em conversas com manifestantes na praça Tahrir, onde se concentra desde o dia 25 de janeiro o movimento anti-Mubarak, o nome de Moussa é citado espontaneamente quando o assunto é quem será o próximo presidente.
"Ele é honesto e não se curva diante de Israel e dos EUA", diz o estudante Mohamed Hisham, 19.
Como secretário-geral da Liga Árabe desde 2001, Moussa construiu uma imagem favorável no mundo árabe por suas críticas a Israel e não-alinhamento com os EUA.
No meio diplomático, Moussa é visto como a opção mais viável para liderar um governo de transição, pois, ao mesmo tempo em que conhece o regime por dentro, não tem o passado militar que desqualifica, aos olhos dos manifestantes, outros candidatos à sucessão de Mubarak, como o vice-presidente, Omar Suleiman.
Mohamed ElBaradei, ex-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, tem prestígio internacional, mas não aprovação popular.
Ele é visto por muitos como alguém desconectado das necessidades do país, depois de passar as últimas três décadas fora do Egito. (MN)


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