DE NOVA YORK

Uma manifestação de apoio às tropas americanas, organizada por um sindicato de trabalhadores da construção civil, reuniu 25 mil pessoas ontem ao lado do buraco onde ficava o World Trade Center, em Nova York.
O ato foi uma espécie de "comemoração" pela tomada de Bagdá e foi muito maior do que o protesto realizado em Nova York pelos pacifistas no primeiro dia de combate, também uma quinta-feira -o movimento antiguerra só reuniu número equivalente ou maior que o de ontem em finais de semana.
O momento de maior delírio foi quando o governador de Nova York, George Pataki, sugeriu que se use o metal da estátua derrubada de Saddam Hussein em Bagdá na construção que será erguida para substituir o WTC. "A guerra começou aqui, em 11 de setembro de 2001."
Pataki deu vazão a um tom que pipocou em diversos lugares ontem pelo país: o júbilo pelo controle de Bagdá, símbolo do sucesso da operação americana.
Os jornais mais abertamente pró-guerra, por exemplo, usaram enunciados de comemoração de vitória. "Liberdade", estampou o "New York Post".
Familiares de militares americanos que estão combatendo no Oriente Médio também foram à rua para comemorar. Olga Gomez, mãe de um combatente, disse que seu filho lhe contou ontem que não tem dúvidas de que Saddam tinha mesmo armas de destruição em massa.
Pesquisa feita pela Quinnipiac University e divulgada ontem mostrou que 50% dos nova-iorquinos apóiam a guerra -eram 37% no final de março. (RD)


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