São Paulo, domingo, 11 de abril de 2004

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Bush promete bater "inimigos da democracia"

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse ontem que a coalizão liderada pelo país vai derrotar os "inimigos da democracia" no Iraque. No mesmo dia, aliados dos EUA tentaram demonstrar otimismo diante da crescente desestabilização iraquiana.
Bush defendeu o calendário da transição, que prevê a transferência de soberania a um governo iraquiano interino no dia 30 de junho, a despeito do caos no país. Segundo ele, os insurgentes "não vão ditar o curso dos eventos no Iraque".
O presidente americano prometeu também apoiar a administração interina iraquiana, política e militarmente, até as eleições, previstas para o final de 2005.
As declarações de Bush coincidem com um aumento das pressões internas em relação a seu trabalho no Iraque. Pesquisa CNN/"Time" divulgada anteontem mostra que o apoio ao presidente nessa questão caiu de 51% em março para 44% agora. Além disso, cresce no Congresso americano o debate sobre se a estratégia dos EUA pode provocar uma guerra civil no Iraque.
Em Londres, o ministro da Defesa britânico, Geoff Hoon, disse que a vida no Iraque, um ano depois da queda do ex-ditador Saddam Hussein, está "sensivelmente melhor". "De um modo geral, há de fato um considerável progresso na reconstrução do Iraque", declarou o ministro à BBC.
Hoon também defendeu a estratégia dos EUA contra os insurgentes sunitas e contra a rebelião xiita. "Admito que deveríamos ter feito mais em relação à segurança, mas não vamos ficar sentados e permitir que extremistas e terroristas ataquem e matem não apenas as forças da coalizão, mas também os próprios iraquianos que tentam reconstruir seu país."

"Princípios de civilização"
Outro aliado de primeira hora de Bush, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, fez ontem uma visita de surpresa aos cerca de 2.900 soldados de seu país no Iraque. "Estamos orgulhosos de vocês, não apenas porque estão fazendo bem a este país, auxiliando-o no seu desenvolvimento econômico e sociopolítico, mas também porque vocês estão aqui para fazer algo mais importante: mostrar que a Itália é uma nação capaz de levar princípios de civilização ao mundo", discursou Berlusconi aos soldados.


Com agências internacionais


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