São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2006

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AMEAÇA

Há até rumor de ação nuclear

Ataque ao Irã é apenas especulação, diz Bush

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, negou que pretenda recorrer à força para impedir que o Irã tenha armas nucleares. Relatos de que um plano de ataque esteja em curso foram por ele tachados de "especulação".
A revista "New Yorker" falou até em planos de bombardeio nuclear. "Sei que estamos em Washington, [onde] prevenção significa força. Isso não quer dizer força necessariamente. Neste caso, quer dizer diplomacia."
A ONU e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) têm tentado solucionar o impasse criado pela retomada do programa nuclear iraniano, que o país islâmico alega ter fins pacíficos.
A "New Yorker" não foi diretamente mencionada pelo presidente, mas Bush disse, dirigindo-se a universitários: "O que vocês estão lendo é só especulação descontrolada".
Os EUA têm lembrado que a intervenção militar é "uma das opções à mesa". A questão já chegou ao Conselho de Segurança da ONU, que discute a possibilidade de aplicar sanções aos iranianos. O fato de o Irã ser um grande produtor de petróleo e parceiro comercial de Rússia e China é tido como freio a iniciativas bélicas.
Para Bush, foi certo listar o Irã no "eixo do mal", com Iraque e Coréia do Norte. "Adiantei-me um pouco [em 2002] ao falar em eixo do mal, mas falei sério. Agora muitos países chegaram à conclusão de que os iranianos não devem ter uma arma nuclear".
Por meio de porta-voz, o Ministério das Relações Exteriores do Irã chamou os supostos planos militares americanos de "uma guerra psicológica resultante da raiva e do desespero dos EUA".
Ali Larijani, líder das negociações iranianas na área nuclear, que deve receber emissários da AIEA nesta semana para novas discussões, declarou: "Se os EUA cometessem tal erro [intervenção militar], receberiam uma resposta conveniente".

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Bush aproveitou ontem para responder a acusações de que ele teria ordenado o vazamento de informações estratégicas sobre o Iraque, em 2003. Bush disse que, ao contrário, deu ordem para que documentos sigilosos sobre o Iraque fossem tornados públicos em resposta a questionamentos sobre a necessidade de invadir o Iraque. "Queria que as pessoas vissem a verdade", disse Bush.


Com agências internacionais

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