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AMEAÇA
Há até rumor de ação nuclear
Ataque ao Irã é apenas especulação, diz Bush
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, negou que pretenda recorrer à força para impedir que o
Irã tenha armas nucleares. Relatos de que um plano de ataque esteja em curso foram por ele tachados de "especulação".
A revista "New Yorker" falou
até em planos de bombardeio nuclear. "Sei que estamos em Washington, [onde] prevenção significa força. Isso não quer dizer força necessariamente. Neste caso,
quer dizer diplomacia."
A ONU e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
têm tentado solucionar o impasse
criado pela retomada do programa nuclear iraniano, que o país islâmico alega ter fins pacíficos.
A "New Yorker" não foi diretamente mencionada pelo presidente, mas Bush disse, dirigindo-se a universitários: "O que vocês
estão lendo é só especulação descontrolada".
Os EUA têm lembrado que a intervenção militar é "uma das opções à mesa". A questão já chegou
ao Conselho de Segurança da
ONU, que discute a possibilidade
de aplicar sanções aos iranianos.
O fato de o Irã ser um grande produtor de petróleo e parceiro comercial de Rússia e China é tido
como freio a iniciativas bélicas.
Para Bush, foi certo listar o Irã
no "eixo do mal", com Iraque e
Coréia do Norte. "Adiantei-me
um pouco [em 2002] ao falar em
eixo do mal, mas falei sério. Agora
muitos países chegaram à conclusão de que os iranianos não devem ter uma arma nuclear".
Por meio de porta-voz, o Ministério das Relações Exteriores do
Irã chamou os supostos planos
militares americanos de "uma
guerra psicológica resultante da
raiva e do desespero dos EUA".
Ali Larijani, líder das negociações iranianas na área nuclear,
que deve receber emissários da
AIEA nesta semana para novas
discussões, declarou: "Se os EUA
cometessem tal erro [intervenção
militar], receberiam uma resposta conveniente".
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Bush aproveitou ontem para
responder a acusações de que ele
teria ordenado o vazamento de
informações estratégicas sobre o
Iraque, em 2003. Bush disse que,
ao contrário, deu ordem para que
documentos sigilosos sobre o Iraque fossem tornados públicos em
resposta a questionamentos sobre
a necessidade de invadir o Iraque.
"Queria que as pessoas vissem a
verdade", disse Bush.
Com agências internacionais
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