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EUA destroem escritório de Al Sadr
DA REDAÇÃO
Os EUA executaram ontem sua
ofensiva mais incisiva contra o
clérigo radical xiita Moqtada al
Sadr, destruindo seu gabinete em
Bagdá. Em resposta, Al Sadr conclamou sua milícia, o Exército
Mehdi, a ampliar a ofensiva contra as forças de ocupação.
O crescimento da insurgência
no sul do país, predominantemente xiita, transcendeu o ataque
às tropas ocupantes e culminou,
neste fim de semana, na destruição de um dos principais oleodutos iraquianos, o que deve provocar uma perda de 25% nas já reduzidas exportações de petróleo.
Segundo a administração do
Oleoduto Estatal de Comercialização de Petróleo, o ataque impedirá temporariamente o escoamento de 450 mil barris diários.
Embora ataques contra a infra-estrutura petroleira sejam relativamente comuns no norte desde
a invasão, principalmente em regiões dominadas pelos sunitas,
eles são raros no sul, por onde escoa 90% do petróleo exportado.
Até dois ou três meses atrás, as
áreas xiitas se mantinham calmas
se comparadas com as áreas dominadas pelos sunitas. Mas a situação vem mudando com a conquista de espaço por Al Sadr.
Os EUA deram continuidade à
operação contra a milícia do clérigo no bairro popular de Sadr City
(Bagdá) e destruíram com tanques e helicópteros seu gabinete
local. Segundo o comando americano, o prédio reduzido a escombros servia de depósito de armas.
Um porta-voz de Al Sadr, que
não especificou se citava civis,
afirmou que duas pessoas morreram e seis foram feridas na operação. Uma ação durante o fim de
semana no populoso bairro xiita
matou 35 membros do Exército
de Mehdi, segundo os EUA.
De seu gabinete em Najaf -a
cidade sagrada xiita que os EUA
cercaram, mas evitam invadir-,
Al Sadr voltou a exortar seus seguidores a atacar as forças de ocupação, dizendo que o conflito entrou em uma "nova fase". Em
Karbala, cerca de 60 km ao norte,
a milícia do clérigo enfrentou tropas americanas por duas horas.
Ontem, mais dois soldados dos
EUA foram mortos em ataques
em Mossul (norte) e Bagdá. Em
Kirkuk (norte), dois civis -um
sul-africano e um iraquiano- foram mortos por insurgentes.
Fallujah
Pela primeira vez desde o fim do
cerco a Fallujah, no fim de abril, as
forças dos EUA entraram no centro da conturbada cidade sunita.
Os militares passaram cerca de
uma hora conversando sobre segurança com autoridades locais e
foram escoltados pela força iraquiana recém-criada para patrulhar a cidade, particularmente
sensível à presença dos EUA.
Com agências internacionais
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