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TCHETCHÊNIA
Presidente morto em atentado no domingo foi sepultado ontem
Rússia dá poder a filho de líder morto
DA REDAÇÃO
Ramzan Kadyrov, um dos filhos do presidente da Tchetchênia assassinado no domingo, foi
ontem nomeado vice-primeiro
ministro, o que reforça a tese de
que a família Kadyrov, apoiada
por Moscou, detém o verdadeiro
poder na república caucasiana ligada à Federação Russa.
Ahmad Kadyrov, ontem sepultado em Tsentoroy, sua aldeia natal, na presença de 3.000 pessoas,
foi morto no estádio de Grozni
(capital) -possivelmente pela
explosão de uma mina terrestre.
No atentado, também morreram
de 27 a 34 pessoas, segundo informações ainda ontem divergentes.
De acordo com a televisão russa
NTV, 21 pessoas permaneciam
ontem internadas. Entre elas o general russo Valery Baranov, comandante na Tchetchênia, que teve uma perna amputada.
A nomeação de Ramzan, segundo a agência Ria Novosti, foi feita
pelo presidente interino, Serguei
Abramov, um ex-banqueiro. Ele
foi, por sua vez, nomeado por
Vladimir Putin, presidente da
Rússia, que conta com os Kadyrovs para "pacificar" a república,
envolta desde 1994 numa guerra
separatista, movida em parte por
extremistas islâmicos.
O filho de Ahmad Kadyrov chefiava a polícia política da república e comandava uma rede de
agentes encarregados de identificar e reprimir verdadeiros ou supostos separatistas.
Ele é um dos homens mais temidos na região. Praticamente só
devia satisfações a seu pai e às autoridades russas, acusadas por entidades de defesa dos direitos humanos de tortura, assassinatos e
outros crimes na repressão aos
partidários da independência.
Ramzan estava em Moscou
quando da morte de seu pai. Ele
apareceu ao lado do presidente
Vladimir Putin no domingo,
quando este veio a público para
homenagear seu aliado Ahmad,
recentemente eleito em pleito
classificado de fraudulento pela
comunidade internacional.
Com agências internacionais
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