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Morte de civis não fará EUA parar com bombardeios no Afeganistão
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos continuarão a realizar ataques aéreos no
Afeganistão quando os comandantes julgarem necessários,
afirmou o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, James Jones. O Pentágono rechaçou apelos de Cabul pela suspensão dos bombardeios e disse apenas que serão tomados
"cuidados redobrados" para
evitar a morte de civis.
A morte de dezenas de afegãos em bombardeio americano na Província de Farah (oeste) provocou protestos em todo
o país. O governo do Afeganistão estima que 130 civis tenham sido mortos, o que faria
do ataque a mais letal ação ocidental desde a invasão que derrubou o regime radical do Taleban, em 2001. Autoridades lo
cais falam em até 147 vítimas.
Gritando "Morte à América!", centenas de universitários
marcharam ontem em Cabul
em protesto contra o ataque.
Motivo frequente de atritos entre Cabul e Washington, as
mortes de civis fragilizam ainda mais o presidente afegão,
Hamid Karzai, aliado dos EUA.
O Exército americano admite que civis foram mortos pelos
bombardeios a duas aldeias de
Farah e lançou investigação sobre o episódio.
Karzai exortou os Estados
Unidos a suspenderem os bombardeios em entrevista anteontem à rede americana CNN.
Mas as críticas públicas aos ataques americanos abrandam-se
nos bastidores.
O presidente afegão "entende" que o Exército americano
precisa fazer uso de todo o seu
poder militar quando necessário, disse o assessor de segurança da Casa Branca, questionado
sobre que reação poderia esperar de Karzai.
O Exército americano afirmou ontem que não usou fósforo branco nos bombardeios de
Farah. A suspeita foi levantada
pela comissão independente de
direitos do Afeganistão, com
base em ferimentos dos moradores da zona atacada.
A legislação internacional
permite o uso de fósforo branco
em zonas de guerra para iluminar e camuflar manobras militares, mas não como arma.
Com agências internacionais
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