São Paulo, segunda-feira, 11 de maio de 2009

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Morte de civis não fará EUA parar com bombardeios no Afeganistão

DA REDAÇÃO

Os Estados Unidos continuarão a realizar ataques aéreos no Afeganistão quando os comandantes julgarem necessários, afirmou o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, James Jones. O Pentágono rechaçou apelos de Cabul pela suspensão dos bombardeios e disse apenas que serão tomados "cuidados redobrados" para evitar a morte de civis.
A morte de dezenas de afegãos em bombardeio americano na Província de Farah (oeste) provocou protestos em todo o país. O governo do Afeganistão estima que 130 civis tenham sido mortos, o que faria do ataque a mais letal ação ocidental desde a invasão que derrubou o regime radical do Taleban, em 2001. Autoridades lo cais falam em até 147 vítimas.
Gritando "Morte à América!", centenas de universitários marcharam ontem em Cabul em protesto contra o ataque. Motivo frequente de atritos entre Cabul e Washington, as mortes de civis fragilizam ainda mais o presidente afegão, Hamid Karzai, aliado dos EUA.
O Exército americano admite que civis foram mortos pelos bombardeios a duas aldeias de Farah e lançou investigação sobre o episódio.
Karzai exortou os Estados Unidos a suspenderem os bombardeios em entrevista anteontem à rede americana CNN. Mas as críticas públicas aos ataques americanos abrandam-se nos bastidores.
O presidente afegão "entende" que o Exército americano precisa fazer uso de todo o seu poder militar quando necessário, disse o assessor de segurança da Casa Branca, questionado sobre que reação poderia esperar de Karzai.
O Exército americano afirmou ontem que não usou fósforo branco nos bombardeios de Farah. A suspeita foi levantada pela comissão independente de direitos do Afeganistão, com base em ferimentos dos moradores da zona atacada.
A legislação internacional permite o uso de fósforo branco em zonas de guerra para iluminar e camuflar manobras militares, mas não como arma.


Com agências internacionais

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