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AFEGANISTÃO
Comissão aprova 18 candidatos a presidente
Karzai enfrentará senhores de guerra, poeta e mulher em eleição
DA REDAÇÃO
Foram anunciados oficialmente ontem os nomes dos 18 candidatos na primeira eleição presidencial do Afeganistão.
O nome mais forte é o do atual
presidente, Hamid Karzai, favorito na votação de 9 de outubro. Como vice, ele escolheu Ahmad Zia
Massud, irmão do herói da luta
contra ex-URSS, Ahmad Shah
Massud, morto há três anos.
O principal rival de Karzai no
pleito será Yunus Qanuni. Ele
conta com o apoio do poderoso
ministro da Defesa e homem forte
do regime, Mohammed Qasim
Fahim, e do chanceler Abdullah
Abdullah.
Ao todo, 23 afegãos apresentaram suas candidaturas. Três foram descartados por não cumprirem todas as exigências para disputar a eleição. Outros dois anunciaram as suas desistências.
Outro candidato conhecido é o
do senhor de guerra Abdul Rashid Dostum, poderoso general
uzbeque. O líder da minoria xiita
da etnia hazara Mohamad Mohaqeq é outro senhor de guerra que
concorrerá.
Mohaqeq ficou irritado ontem
no anúncio das candidaturas porque, segundo a comissão eleitoral
conjunta das Nações Unidas e do
Afeganistão, ele foi o alvo da
maior parcela das 115 queixas
apresentadas por cidadãos e organizações não-governamentais
contra os candidatos.
Essas queixas se referem a crimes contra a humanidade, assassinatos e estupros. Apesar disso, a
sua candidatura foi mantida.
Segundo as leis eleitorais, todos
os candidatos deverão deixar seus
cargos públicos. A única exceção
é Karzai, o preferido dos EUA na
disputa eleitoral.
Entre os candidatos há também
um poeta, Abdul Latif Pedram. A
única mulher que tentará ser eleita é a médica Massouda Jalal. Há
dois anos, ela disputou a eleição
para presidente contra Karzai na
Loya Jirga (a tradicional assembléia tribal afegã) e perdeu. Dos 9
milhões de eleitores, 3,5 milhões
são mulheres -tratadas como cidadãs de segunda classe durante o
regime extremista do Taleban,
derrubado em 2001 pelos EUA.
O secretário da Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld, disse ontem
estar confiante de que a rede terrorista Al Qaeda e o Taleban fracassarão nas suas tentativas de sabotar as eleições de outubro.
Com agências internacionais
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