DA REDAÇÃO

Um desconhecido grupo curdo e outro ligado à rede terrorista Al Qaeda reivindicaram os atentados que anteontem mataram duas pessoas e feriram 11 em dois hotéis em Istambul (Turquia). Outra explosão na cidade atingiu uma indústria petrolífera sem deixar vítimas. Não há informação se há elo entre os incidentes.
O grupo Falcões da Liberdade do Curdistão reivindicaram o duplo atentado por meio de um telefonema à agência de notícias Mezopotamya, baseada na Alemanha. Até hoje, esse grupo era completamente desconhecido.
As Brigadas de Abu Hafs al Masri, ligadas à Al Qaeda, também assumiram as ações terroristas. Mas esse grupo previamente reivindicou outros atentados com os quais não tinha relação.
A polícia turca afirma que, por enquanto, os curdos são os principais suspeitos. Os curdos defendem a criação de um Estado na fronteira com o Iraque, país onde a população curda goza de maior autonomia. Nos últimos dias, os combates envolvendo tropas turcas e militantes curdos têm se intensificado no sudeste.
Os alvos de ontem foram dois hotéis. Um deles se localiza a apenas algumas centenas de metros da mesquita Azul, uma das principais atrações turísticas de Istambul, e é freqüentada por mochileiros. O outro hotel costuma hospedar homens de negócios de países da ex-URSS.
Um dos mortos ontem era iraniano e o outro, turco. Entre os feridos, há quatro espanhóis, dois holandeses, um ucraniano e dois chineses. O restante é turco.
Dez minutos antes da explosões, um dos hotéis recebeu um telefonema avisando do ataque.
Em novembro do ano passado, quatro atentados suicidas simultâneos contra alvos judaicos e britânicos em Istambul deixaram mais de 60 mortos.