|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESTRANHOS NO PARAÍSO
Imigrantes podem evitar consulta
Hospital dos EUA terá de questionar status de ilegais para receber verba
DO "NEW YORK TIMES"
O governo americano lançou
um programa no qual oferece
US$ 1 bilhão aos hospitais para
que os imigrantes ilegais possam
receber tratamento emergencial.
Porém, para ter acesso ao dinheiro, os hospitais terão de questionar os seus pacientes sobre qual o
seu status com a imigração.
Autoridades médicas e organismos de defesa de imigrantes ficaram alarmados com a medida.
Eles temem que muitos dos imigrantes prefiram não ser atendidos a correr o risco de tornar público que estão ilegais no país.
Segundo uma lei aprovada em
1986, os hospitais precisam prover atendimento e tratamento
médico para estabilizar a situação
de saúde de qualquer paciente
que, em situações de emergência,
procurar ajuda, independentemente de a pessoa poder pagar
-o governo federal cobre os custos se o paciente não tiver seguro
médico privado.
Os defensores da nova medida
argumentam que esse é apenas
um mecanismo para verificar se a
verba destinada a imigrantes ilegais é direcionada realmente para
esse fim, e dizem que os imigrantes não correrão riscos.
Porém os hospitais foram instruídos a incluir nos arquivos do
paciente cópias de todos os documentos disponíveis, como passaporte e vistos. "Não acredito que
algum hospital tenha como conseguir esse tipo de informação
dos imigrantes", disse Patrícia
Wang, vice-presidente da associação dos hospitais de Nova York.
Paralelamente, o Departamento
da Segurança Interna anunciou
medidas para acelerar a deportação de imigrantes ilegais que estejam a menos de 14 dias no país e
sejam localizados a uma distância
inferior a 160 km das fronteiras
com o México e o Canadá.
Caso sejam pegos, esses imigrantes serão deportados sem direito a apelação. Apenas os cidadãos mexicanos e canadenses ficarão imunes à nova lei, que começa a vigorar na sexta.
Mortes
Segundo a Patrulha de Fronteira
em Tucson, 12 imigrantes mexicanos morreram nos últimos dias
no deserto do Arizona, um dos locais mais perigosos para tentar
entrar ilegalmente nos EUA. O
grupo teria ficado dois dias sem
água e andado cerca de 120 km.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Turquia: Dois grupos reivindicam duplo atentado Próximo Texto: Venezuela: Caracas enfrenta tensão pré-plebiscito Índice
|