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Após fiascos e morte, Blair poderá recuperar apoio a medidas antiterror
DE LONDRES
A ação policial que, segundo
o governo britânico, impediu a
trama terrorista contra a aviação civil pode dar munição ao
primeiro-ministro Tony Blair
contra os críticos das medidas
antiterror que vigoram no Reino Unido desde 2000.
O recrudescimento das ações
policiais no combate ao terrorismo, especialmente depois
dos atentados que mataram 52
pessoas em Londres, em 7 de
julho de 2005, provocou críticas da oposição, da mídia e de
entidades de direitos humanos.
Falhas da polícia somadas à
posição de "atirar para matar"
culminaram no assassinato, em
julho de 2005, do brasileiro
Jean Charles de Menezes, confundido com um terrorista um
dia após as forças de segurança
terem descoberto outro plano
de atentado. Há dois meses, a
polícia prendeu dois irmãos
muçulmanos sob suspeita de
terrorismo. Um deles foi baleado na ação. Ambos foram soltos
sem nenhuma acusação.
Os erros estratégicos e a virulência das ações levaram Blair à
sua maior derrota parlamentar,
quando a Câmara dos Comuns
recusou, em novembro passado, um pacote de medidas que,
entre outras disposições, ampliava de 14 para 90 dias o prazo
para a polícia manter suspeitos
presos sem apresentar uma
acusação formal.
Desde 2000, quando o "Terrorism Act" -a legislação que
criou os mecanismos jurídicos
e policiais para lidar com o terror internacional- foi aprovado pelo Parlamento britânico,
quase mil suspeitos foram presos. A polícia afirma ter evitado, neste período, quatro grandes planos de ataques -o de
ontem foi o quinto.
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