DA REDAÇÃO

Atentados em Bagdá e em Baquba, cidade ao norte da capital iraquiana, deixaram ontem mais de 30 mortos. É o episódio mais sangrento desde junho no Iraque.
O ataque em Bagdá aconteceu às 8h (hora local), em uma rua movimentada no norte da capital, e matou 28 pessoas. Foi uma seqüência de duas explosões. Na primeira, dois carros-bomba foram detonados, atingindo lojas e um ônibus escolar que passava. Minutos depois, quando equipes de socorro já trabalhavam no local, um homem-bomba acionou explosivos que carregava no cinto.
Atentados assim são comuns no Iraque. A segunda explosão visa alcançar o maior número de policiais e socorristas, que acorrem ao local logo após a primeira bomba. Entre os mortos ontem estão três policiais, cinco crianças e três mulheres.
No atentado em Baquba, cinco pessoas morreram, inclusive um líder sunita de oposição à rede terrorista Al Qaeda, e outras 20 ficaram feridas. A suspeita é a de que uma adolescente de 13 anos tenha sido a autora do ataque, que aconteceu próximo a um posto policial.
A seqüência de atentados coincidiu com o anúncio do governo iraquiano de que passará a pagar salário a ex-insurgentes convertidos à luta contra a Al Qaeda, o que até então cabia aos EUA.
Foi o primeiro grande ataque desde a eleição de Barack Obama nos EUA, dia 4. O democrata planeja retirar em 16 meses após assumir, em janeiro, a maior parte dos quase 150 mil soldados americanos no país.
Também acontece quando o Iraque se prepara para eleições provinciais, marcadas para 31 de janeiro.