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Senado dos EUA vê falta de planejamento
DA REDAÇÃO
Membros do governo Bush disseram ontem no Senado que o
país pode ficar dois anos ocupando o Iraque após a deposição do
regime iraquiano e que "enormes
incertezas" tornam impossível fazer uma avaliação precisa de
quanto tempo as tropas ficarão e
quanto a operação custaria.
O subsecretário de Defesa Douglas Feith disse que as administrações civil e militar num Iraque
pós-Saddam Hussein estariam
subordinadas ao comandante militar dos EUA no Oriente Médio, o
general Tommy Franks.
Já Marc Grossman, seu colega
no Departamento de Estado, disse que arriscaria "dois anos" ao
ser indagado sobre a duração da
administração americana.
Mas os dois, em audiências convocadas para discutir o futuro do
Iraque, disseram não saber como
os EUA administrarão a indústria
petrolífera iraquiana, quem pagaria os custos de reparos na infra-estrutura do país e como instalariam um governo democrático.
Alguns senadores demonstraram espanto com a falta de planejamento do governo em relação
ao pós-guerra. "O povo americano não tem noção sobre o que estamos prestes a fazer. Eles crêem
que [a guerra" será rápida, bem-sucedida e com pouco sangue",
disse o democrata Joseph Biden.
Mesmo o republicano Richard
Lugar, presidente do comitê de
Relações Exteriores, criticou a falta de planejamento. "O petróleo
não fluirá até sabermos como administraremos os campos. É preciso acertar isso urgentemente."
Gás mostarda
Especialistas em armas da ONU
começam hoje a destruir equipamentos iraquianos com gás mostarda. Hiro Ueki, porta-voz dos
inspetores, disse que uma equipe
da ONU foi a Al Mutanna, ao norte de Bagdá, para destruir dez
bombas e quatro contêineres com
gás mostarda.
Segundo a rede de TV norte-americana NBC, Saddam está instalando grandes quantidades de
explosivos em poços de petróleo
com a suposta intenção de destruí-los caso haja uma guerra.
Com agências internacionais
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