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Saqueadores destroem museu em
Bagdá e levam relíquias históricas
DA REDAÇÃO
O Museu de Antiguidades de
Bagdá, o mais importante do país,
foi saqueado e parcialmente destruído ontem, na onde de roubos
e violência que toma conta da cidade nos últimos dois dias.
O museu é o principal do país e
um dos mais importantes do
mundo: abriga milhares de peças
de até 5.000 anos de idade da antiga Mesopotâmia -a região entre
os rios Tigre e Eufrates considerada berço da civilização.
Os ladrões entraram no depósito de peças e na sala de exposições. Cerâmicas e estátuas do império assírio (séculos 9º a 7º a.C)
foram roubados ou destruídos.
Entre os objetos saqueados estava uma porta de madeira do palácio do rei Sargão 2º, de 720 a.C.
"Meus colegas iraquianos tentaram tirar do museu tudo o que
pudessem e estavam planejando
estocar as peças numa mesquita.
Acho que não deu certo", disse à
Folha a arqueóloga Eleanor Robson, da Universidade de Oxford.
Vizinhos do museu disseram a
uma repórter da France Presse
que viram soldados americanos
levarem peças em caixas de madeira depois da sua entrada na cidade, na última terça-feira.
Dos arquivos do museu também não restou nada: fotografias
antigas, slides, documentos e livros estavam espalhados pela sala, queimados ou rasgados.
Os americanos assistiram impassíveis. A proteção ao legado
cultural em guerras é regulamentada por um acordo da Unesco de
1954, que os EUA não ratificaram.
"Eles não são legalmente obrigados a proteger", diz Robson.
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