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PÓS-SADDAM
Secretário da Defesa diz que americanos contêm saques; Casa Branca e Londres endossam discurso
Para Rumsfeld, mídia exagerou caos no Iraque
DA REDAÇÃO
O secretário da Defesa dos
EUA, Donald Rumsfeld, condenou as imagens e descrições apresentadas pela imprensa internacional do caos nas cidades iraquianas depois da queda do regime de Saddam Hussein.
Rumsfeld definiu como "desorganizado" o período atual iraquiano de saques e conflitos de
rua. "É uma liberdade desorganizada. E as pessoas livres são livres
para cometer erros, crimes e fazer
coisas más", afirmou o secretário.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, e o premiê britânico,
Tony Blair, também relativizaram, por meio de assessores, os
problemas iniciais ocorridos no
Iraque pós-Saddam.
Em Londres, um porta-voz do
primeiro-ministro rebateu a tese
de que os primeiros dias após a
queda de Bagdá levaram mais
medo aos iraquianos do que durante o regime de Saddam. "Diga
isso às pessoas que tiveram parentes decapitados [pelo antigo
governo]", afirmou o assessor.
"Ninguém gosta de ver saques",
declarou o porta-voz da Casa
Branca, Ari Fleischer, insinuando
que a cobertura da imprensa distorceu a realidade no Iraque.
As críticas mais severas à mídia
foram mesmo de Rumsfeld. O secretário disse que a repetição na
TV cenas de violência e saques foi
um ato de sensacionalismo. "São
sempre as mesmas imagens [na
TV], de algumas pessoas saindo
de um prédio com um vaso. É
possível que haja tantos vasos assim?", questionou Rumsfeld.
Ele defendeu a ação das forças
dos EUA no Iraque nos últimos
dias. "Eles [os soldados] contêm
os saques sempre que os vêem."
Com correspondentes em Bagdá, a mídia internacional mostrou
imagens de soldados dos EUA
passivos aos ataques a mercados e
prédios públicos da cidade.
Com agências internacionais
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