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São Paulo, sábado, 12 de abril de 2003

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PÓS-SADDAM

Secretário da Defesa diz que americanos contêm saques; Casa Branca e Londres endossam discurso

Para Rumsfeld, mídia exagerou caos no Iraque

DA REDAÇÃO

O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, condenou as imagens e descrições apresentadas pela imprensa internacional do caos nas cidades iraquianas depois da queda do regime de Saddam Hussein.
Rumsfeld definiu como "desorganizado" o período atual iraquiano de saques e conflitos de rua. "É uma liberdade desorganizada. E as pessoas livres são livres para cometer erros, crimes e fazer coisas más", afirmou o secretário.
O presidente dos EUA, George W. Bush, e o premiê britânico, Tony Blair, também relativizaram, por meio de assessores, os problemas iniciais ocorridos no Iraque pós-Saddam.
Em Londres, um porta-voz do primeiro-ministro rebateu a tese de que os primeiros dias após a queda de Bagdá levaram mais medo aos iraquianos do que durante o regime de Saddam. "Diga isso às pessoas que tiveram parentes decapitados [pelo antigo governo]", afirmou o assessor.
"Ninguém gosta de ver saques", declarou o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, insinuando que a cobertura da imprensa distorceu a realidade no Iraque.
As críticas mais severas à mídia foram mesmo de Rumsfeld. O secretário disse que a repetição na TV cenas de violência e saques foi um ato de sensacionalismo. "São sempre as mesmas imagens [na TV], de algumas pessoas saindo de um prédio com um vaso. É possível que haja tantos vasos assim?", questionou Rumsfeld.
Ele defendeu a ação das forças dos EUA no Iraque nos últimos dias. "Eles [os soldados] contêm os saques sempre que os vêem."
Com correspondentes em Bagdá, a mídia internacional mostrou imagens de soldados dos EUA passivos aos ataques a mercados e prédios públicos da cidade.


Com agências internacionais


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