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São Paulo, sábado, 12 de abril de 2003

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Sony patenteia direitos sobre o uso da expressão "Choque e Pavor"

DE NOVA YORK

A empresa Sony patenteou os direitos comerciais em território americano da expressão "Shock and Awe" (choque e pavor), o nome da doutrina que norteou os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido ao Iraque.
Segundo os documentos do US Patent and Trademark Office, escritório que cuida dos direitos de propriedade intelectual no país, o registro da Sony foi feito no último dia 21 de março, um dia depois de as forças anglo-americanas iniciarem os bombardeios sobre Bagdá.
Os direitos da Sony abrangem o uso da expressão para jogos eletrônicos, em videogames ou computadores -a empresa pode usar a expressão em um novo jogo a ser desenvolvido para o aparelho Playstation 2.
Na Europa, segundo informação do diário britânico "The Guardian", a Sony não deverá se atrever a lançar nenhum produto com a marca, por causa da desaprovação dominante entre a população local em relação aos ataques americanos no Iraque.
A Sony não foi a única empresa dos EUA a demonstrar interesse comercial na expressão utilizada pelos militares americanos.
Os dados do escritório americano de patentes indicam 15 registros para o "Choque e Pavor", a maior parte feita nos primeiros dias da guerra, quando os norte-americanos fizeram pesados ataques aéreos no Iraque.
Os pedidos abrangem produtos como estampas de camisetas, abridores de garrafas, óculos escuros e fogos de artifício.

Outros registros
A guerra no Iraque, aliás, desencadeou uma série de registros para uso comercial de termos relacionados a ela.
Entre outras coisas, estão patenteados também um enunciado de ódio à França ("Chute-me, sou francês", para camisetas), o nome da maior bomba convencional do arsenal de guerra dos norte-americanos ("MOAB", sigla em inglês para "Mãe de Todas as Bombas", para fogos de artifício) e uma mensagem endereçada aos pacifistas ("É muito tarde agora, apóie nossas tropas", para uma adesivo em que a inscrição "No war" aparece sob o sinal de proibido).
(ROBERTO DIAS)


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