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Sete chineses são seqüestrados; japoneses continuam como reféns
DA REDAÇÃO
A agência oficial de notícias chinesa Xinhua anunciou ontem que
sete chineses foram seqüestrados
na região central do Iraque. Sem
revelar mais detalhes, a Xinhua
disse apenas que a informação foi
transmitida por um diplomata do
país em Bagdá.
A China, considerada um país
amigo pelo regime de Saddam
Hussein, opôs-se à invasão do Iraque sem aprovação da ONU.
Após terem anunciado que libertariam os três reféns japoneses
ontem, as Brigadas Mujahideen
voltaram atrás. Segundo a rede de
TV árabe Al Jazira, os seqüestradores agora ameaçam matar um
dos cativos em 24 horas se o Japão
não retirar suas tropas do Iraque.
Não há notícias sobre o americano Thomas Hamill, 43. Ele foi
capturado na sexta-feira, quando
rebeldes atacaram o comboio de
transporte de combustível do
qual fazia parte. Os seqüestradores deram um prazo até a manhã
de ontem para que os americanos
suspendessem o ataque a Fallujah
e evitassem a morte de Hamill.
Anteontem, a Al Jazira mostrou
uma gravação em que Hamill
aparecia relativamente calmo. Segundo um locutor, o americano
disse que estava bem e que queria
avisar sua família que estava sendo bem tratado.
A Chancelaria alemã disse ontem que os dois alemães que trabalhavam como seguranças da
embaixada do país e foram capturados na quarta-feira perto de Fallujah estão "provavelmente mortos". "Mas ainda não temos uma
confirmação final", declarou uma
porta-voz. O incidente só foi revelado anteontem. O jornal britânico "Sunday Telegraph" afirmou
ontem que os dois foram mortos e
publicou a foto do que seria o corpo de um dos alemães.
A Al Jazira informou que oito
motoristas de caminhão estrangeiros foram libertados ontem.
"Nós os soltamos atendendo pedido da Associação dos Clérigos
Muçulmanos, depois de estarmos
certos de que eles não mais terão
relações com as forças de ocupação", disse um homem mascarado na gravação levada ao ar.
Com aparência assustada, os seqüestrados disseram seus nomes,
idades e nacionalidades para a câmera. Três são do Paquistão, dois
da Turquia, um das Filipinas, um
da Índia e um do Nepal. Também
ontem foi libertado o britânico
Gary Teeley, 37, que havia sido
aprisionado na última segunda-feira em Nassiriah (sul). Segundo
a agência de notícias Reuters, não
está claro qual a atividade que
Teeley tinha no Iraque.
Na quinta-feira, a televisão iraniana exibiu imagens de dois árabes seqüestrados. O palestino Nabil George Razuq, 30, morador da
região de Jerusalém controlada
por Israel, e o canadense de origem síria Fadi Ihsan Fadel, 33, que
trabalha para uma agência humanitária, são acusados de espionar
para os israelenses. Razuk trabalha para a Research Triangle International, empresa americana
envolvida na reconstrução.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, pediu a seu escritório em Bagdá providências para a libertação dos
dois. Ontem, o secretário parlamentar para canadenses no exterior, Dan McTeague, afirmou que
as negociações estão em uma
"etapa extremamente delicada".
Um porta-voz do governo canadense disse que Fadel está sendo
alimentado e tem boa saúde.
Na sexta-feira, insurgentes
anunciaram ter prendido quatro
italianos e dois americanos em
Bagdá. O governo do premiê Silvio Berlusconi afirmou que nenhum dos italianos registrados no
Iraque está desaparecido, mas a
imprensa do país diz que eles podem estar trabalhando incógnitos
para empresas de segurança. Um
jornalista da Reuters viu dois estrangeiros sendo conduzidos para
uma mesquita, o que corroboraria o anúncio dos insurgentes.
Anteontem, a TV por satélite Al
Arabiya revelou que um grupo de
insurgentes declarou estar mantendo em cativeiro 30 estrangeiros e ameaçou decapitá-los caso
as forças americanas não suspendam o cerco a Fallujah. Não foram apresentadas provas desse
suposto seqüestro.
Com agências internacionais
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