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EUA preparam ataque contra milícia em Najaf
DA REDAÇÃO
Depois de passar um dia inteiro
planejando um ataque derradeiro
contra a milícia do clérigo radical
xiita Moqtada al Sadr em Najaf, a
cidade sagrada xiita que voltou a
ser um foco de violência, as forças
americanas voltaram atrás -pelo
menos temporariamente.
Em Bagdá, um carro-bomba explodiu em um mercado, matando
seis iraquianos e ferindo dez, segundo hospitais locais. O Ministério da Saúde informou que quase
40 iraquianos morreram em confrontos desde terça-feira e 230 foram feridos. O número não inclui
baixas em Najaf.
Segundo o jornal "The New
York Times", os comandantes
militares americanos disseram
que o adiamento ocorreu porque
o ataque a Najaf, embora possa
ocorrer a qualquer momento,
precisa ser mais bem planejado.
Os EUA temem que invadir a cidade, que agrupa alguns dos principais templos xiitas, provoque
um levante nacional no Iraque,
onde mais de 60% da população
segue essa corrente muçulmana.
"As forças iraquianas e americanas estão fazendo os preparativos
finais para acabar com a luta que a
milícia de Moqtada começou",
disse o coronel Anthony Haslam,
comandante da 11ª Unidade Expedicionária da Marinha em Najaf, em um comunicado emitido
mais cedo. Ele não deu detalhes.
A milícia de Al Sadr, conhecida
como Exército Mehdi, e as forças
dos EUA entraram ontem no sétimo dia de combate, um dia após
os EUA exortarem a população
civil a deixar a cidade prevendo
uma escalada ainda maior da violência. Os confrontos recrudesceram na semana passada, após
dois meses de trégua, e, segundo o
comando americano, deixaram
mais de 350 insurgentes mortos.
Al Sadr, por sua vez, exortou
seus seguidores a seguir combatendo as forças americanas, enquanto os líderes de sua milícia
ameaçaram atacar os principais
oleodutos no sul do país, pelos
quais escoa a produção iraquiana
de petróleo, essencial para a estabilidade do mercado petroleiro
mundial. "Se as forças americanas
atacarem Najaf, vamos explodir
os oleodutos", disse Asaad al Basri, líder do Exército Mehdi em
Basra, no extremo sul do Iraque.
A escalada de violência ameaça
a Conferência Nacional Iraquiana, marcada para este sábado, na
qual devem ser escolhidos os
membros da futura Assembléia
Nacional interina, que por sua vez
deve redigir a nova Constituição.
Paralelamente, segue a onda de
seqüestros de estrangeiros no
país. Ontem, um website islâmico
colocou no ar imagens da suposta
decapitação de um homem que os
assassinos disseram ser "Um
agente da CIA no Iraque".
No entanto uma fonte da agência de notícias France Presse no
governo americano desmentiu a
identidade da vítima. "O homem
no vídeo não trabalha para a
CIA", disse a fonte, que pediu para não ser identificada.
Com agências internacionais
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