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São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Segue operação em Gaza

Israel e Síria elevam o tom e trocam acusações

DA REDAÇÃO

A Síria elevou ontem o tom de sua retórica e insistiu no fato de que tem o direito de responder a qualquer novo ataque israelense.
A declaração ocorreu seis dias depois de aviões israelenses terem feito uma incursão em território sírio e bombardeado um campo ao norte de Damasco que seria usado por terroristas palestinos. "A Síria se reservará o direito de responder por todos os meios à sua disposição no caso de uma nova agressão", disse a porta-voz da Chancelaria, Buchra Kanafani. "O direito de autodefesa é reconhecido por todos os Estados."
Um alto funcionário do governo israelense disse à agência de notícias France Presse que Damasco deve assumir as consequências se continuar dando apoio a grupos hostis a Israel.
No mesmo dia, o "Los Angeles Times" publicou que Israel dotou de capacidade nuclear mísseis fornecidos pelos EUA para seus submarinos. O jornal citou como base fontes dos dois governos. A razão de isso ser vazado seria advertir os rivais israelenses num momento de tensão crescente.
Na faixa de Gaza, um palestino morreu e 16 ficaram feridos ontem em consequência da continuação de uma operação militar israelense no campo de refugiados de Rafah. A ação, que teve início anteontem, já deixou, no total, oito mortos, incluindo dois meninos, e ao menos 76 feridos. Os israelenses também demoliram 44 casas de palestinos, segundo o governador de Rafah, Majd al Ara.
Israel afirma que a finalidade é acabar com o tráfico de armas por túneis que ligam Rafah ao Egito. Foi divulgada a descoberta de três até agora, incluindo um com um sistema para o transporte de armas em vagões de um lado para outro da fronteira. O Exército anunciou que a operação continuará "pelo tempo necessário".
Em Ramallah, seguia incerta a definição de um acordo entre o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, e o premiê Ahmed Korei para ser finaliza a formação do gabinete.
O ponto de discordância é a nomeação do ministro do Interior, encarregado das forças de segurança. Nasr Iussef, que chegou a ser dado como escolhido, perdeu o apoio de Arafat por não ter ido a uma cerimônia com os nomeados. A aprovação do gabinete pelo Parlamento, marcada para quinta-feira, teria sido adiada.


Com agências internacionais

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