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ORIENTE MÉDIO
Segue operação em Gaza
Israel e Síria elevam o tom e trocam acusações
DA REDAÇÃO
A Síria elevou ontem o tom de
sua retórica e insistiu no fato de
que tem o direito de responder a
qualquer novo ataque israelense.
A declaração ocorreu seis dias
depois de aviões israelenses terem
feito uma incursão em território
sírio e bombardeado um campo
ao norte de Damasco que seria
usado por terroristas palestinos.
"A Síria se reservará o direito de
responder por todos os meios à
sua disposição no caso de uma
nova agressão", disse a porta-voz
da Chancelaria, Buchra Kanafani.
"O direito de autodefesa é reconhecido por todos os Estados."
Um alto funcionário do governo israelense disse à agência de
notícias France Presse que Damasco deve assumir as consequências se continuar dando
apoio a grupos hostis a Israel.
No mesmo dia, o "Los Angeles
Times" publicou que Israel dotou
de capacidade nuclear mísseis
fornecidos pelos EUA para seus
submarinos. O jornal citou como
base fontes dos dois governos. A
razão de isso ser vazado seria advertir os rivais israelenses num
momento de tensão crescente.
Na faixa de Gaza, um palestino
morreu e 16 ficaram feridos ontem em consequência da continuação de uma operação militar
israelense no campo de refugiados de Rafah. A ação, que teve início anteontem, já deixou, no total,
oito mortos, incluindo dois meninos, e ao menos 76 feridos. Os israelenses também demoliram 44
casas de palestinos, segundo o governador de Rafah, Majd al Ara.
Israel afirma que a finalidade é
acabar com o tráfico de armas por
túneis que ligam Rafah ao Egito.
Foi divulgada a descoberta de três
até agora, incluindo um com um
sistema para o transporte de armas em vagões de um lado para
outro da fronteira. O Exército
anunciou que a operação continuará "pelo tempo necessário".
Em Ramallah, seguia incerta a
definição de um acordo entre o
presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, e o
premiê Ahmed Korei para ser finaliza a formação do gabinete.
O ponto de discordância é a nomeação do ministro do Interior,
encarregado das forças de segurança. Nasr Iussef, que chegou a
ser dado como escolhido, perdeu
o apoio de Arafat por não ter ido a
uma cerimônia com os nomeados. A aprovação do gabinete pelo Parlamento, marcada para
quinta-feira, teria sido adiada.
Com agências internacionais
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