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La Paz diz que estudará proposta da QG para transferir obras à OAS
Empreiteira quer arbitragem sobre acréscimos ao orçamento de estradas
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
O governo boliviano informou ontem que estudará a proposta da Queiroz Galvão (QG)
para transferir a construção de
duas rodovias a outra empreiteira brasileira, OAS. As obras
estão paradas há mais de um
ano, pois as pistas recém-construídas apresentaram fissuras.
Em comunicado oficial, o governo boliviano informou que a
QG condicionou a retomada
das obras a 15 pontos. Além de
ceder o contrato à OAS, a construtora quer levar à arbitragem
a questão do aumento de US$
45 milhões na obra, orçada até
agora em US$ 226 milhões. A
brasileira também pede prazo
de execução de 28 meses.
Na proposta, a QG exigiu ainda o pagamento US$ 17,9 milhões referentes a uma suposta
arbitragem vencida contra o
Estado boliviano, em 2000.
Segundo a Agência Boliviana
de Estradas, a proposta passará
por análise técnica e não há
prazo para decisão. Sobre a dívida de 2000, o governo boliviano diz que não pode "assumir compromissos" fora do
contrato das duas estradas.
O comunicado contradiz declarações dadas mais cedo pela
presidente da agência, Patricia
Ballivián, de que a QG aceitara
ficar na Bolívia sem ampliar o
orçamento das estradas.
A OAS já constrói uma rodovia próxima às da QG, no sul da
Bolívia, e tem boa relação com
o governo. Ao contrário da QG,
que deve deixar o país, a firma
paulistana quer ampliar sua
atuação -tem interesse em
construir uma estrada de 510
km no norte, com US$ 230 milhões financiados pelo Brasil.
Já a obra parada envolve as
estradas Potosí-Cotagaita e Tarija-Potosí, um total de 433 km
dos quais 30% estão prontos,
diz La Paz. Cerca de US$ 120
milhões vieram do Programa
de Financiamento às Exportações do Banco do Brasil.
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