DA REDAÇÃO

O ditador argentino Leopoldo Galtieri morreu ontem, aos 76 anos, em um hospital de Buenos Aires devido a complicações causadas por um câncer no pâncreas.
Terceiro dos quatro presidentes que governaram a Argentina durante a ditadura militar, entre 1976 e 83, Galtieri assumiu o poder em novembro de 1981.
No início de abril do ano seguinte, ele ordenou a invasão argentina às ilhas Malvinas, que pertencem ao Reino Unido, provocando uma guerra que deixou quase mil mortos, sendo mais de 650 deles argentinos. O conflito, encerrado em junho do mesmo ano, levou à queda de Galtieri e culminou no restabelecimento da democracia argentina em 1983.
Durante anos, o ditador viveu recluso em sua residência no subúrbio de Buenos Aires. Desde julho, estava sob prisão domiciliar pelo envolvimento em crimes contra os direitos humanos na ditadura, que deixou cerca de 15 mil mortos (grupos de direitos humanos falam em até 30 mil).
Ele foi condenado pela primeira vez em 1986 por negligência durante a Guerra das Malvinas, mas leis o anistiaram anos depois. No ano passado, a Justiça considerou a anistia inconstitucional.


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