São Paulo, sábado, 13 de março de 2004

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Países reforçam medidas de segurança

Vizinhos e aliados dos EUA na guerra contra o terror, citados em suposta carta de terroristas, são o principal foco dos temores

DA REDAÇÃO

Os atentados de anteontem em Madri levaram as autoridades de diversos países na Europa e em outros lugares do mundo a reforçar suas medidas de segurança, principalmente em aeroportos e estações de trem.
Na vizinha França, o presidente Jacques Chirac elevou o alerta de segurança. A vigilância foi redobrada nos reservatórios de água, enquanto prédios públicos, metrôs, estações de trem e aeroportos receberam policiamento reforçado. Mas o foco de atenção é a fronteira com a Espanha, que divide a região basca em duas -o grupo terrorista basco ETA é um dos suspeitos do ataque.
O governo de Portugal, o outro vizinho, também tomou medidas visando a Eurocopa, que o país sediará a partir de junho. Já a Grécia, que receberá os Jogos Olímpicos, em agosto, recorreu à Otan (aliança militar ocidental) para reforçar a segurança do evento.
Na Alemanha, o chanceler (premiê) Gerhard Schröder disse que os serviços de inteligência e segurança monitoram a situação, porém o nível de alerta foi mantido.
Mas os maiores temores surgiram em países aliados dos EUA, citados como alvos potenciais em uma carta reivindicando a autoria dos ataques em Madri, atribuída a extremistas islâmicos ligados à Al Qaeda (rede responsável pelo 11 de Setembro). A Espanha é um dos maiores aliados dos EUA na Guerra do Iraque.
Na Polônia, outro membro dessa coalizão, o nível de alerta foi elevado e a segurança foi reforçada em aeroportos, estações ferroviárias e nos postos de fronteira.
Na Itália, que também tem soldados no Iraque, o Ministério do Interior elevou o nível de alerta e ordenou que as medidas antiterror sejam revistas. O patrulhamento foi reforçado na região da embaixada e dos consulados espanhóis e nos escritórios da empresa aérea Ibéria. O Japão anunciou que tomará medidas extras de segurança -o país aumentara o alerta no fim do ano, quando enviou soldados ao Iraque.
Já o maior aliado dos EUA, o Reino Unido, não confirmou nem negou que tenha intensificado a segurança. "Mantemos todos os nossos procedimentos sob constante revisão", disse o Ministério do Interior em comunicado.


Com agências internacionais

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