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Países reforçam medidas de segurança
Vizinhos e aliados dos EUA na guerra contra o terror, citados em suposta carta de terroristas, são o principal foco dos temores
DA REDAÇÃO
Os atentados de anteontem em
Madri levaram as autoridades de
diversos países na Europa e em
outros lugares do mundo a reforçar suas medidas de segurança,
principalmente em aeroportos e
estações de trem.
Na vizinha França, o presidente
Jacques Chirac elevou o alerta de
segurança. A vigilância foi redobrada nos reservatórios de água,
enquanto prédios públicos, metrôs, estações de trem e aeroportos receberam policiamento reforçado. Mas o foco de atenção é a
fronteira com a Espanha, que divide a região basca em duas -o
grupo terrorista basco ETA é um
dos suspeitos do ataque.
O governo de Portugal, o outro
vizinho, também tomou medidas
visando a Eurocopa, que o país sediará a partir de junho. Já a Grécia, que receberá os Jogos Olímpicos, em agosto, recorreu à Otan
(aliança militar ocidental) para
reforçar a segurança do evento.
Na Alemanha, o chanceler (premiê) Gerhard Schröder disse que
os serviços de inteligência e segurança monitoram a situação, porém o nível de alerta foi mantido.
Mas os maiores temores surgiram em países aliados dos EUA,
citados como alvos potenciais em
uma carta reivindicando a autoria
dos ataques em Madri, atribuída a
extremistas islâmicos ligados à Al
Qaeda (rede responsável pelo 11
de Setembro). A Espanha é um
dos maiores aliados dos EUA na
Guerra do Iraque.
Na Polônia, outro membro dessa coalizão, o nível de alerta foi
elevado e a segurança foi reforçada em aeroportos, estações ferroviárias e nos postos de fronteira.
Na Itália, que também tem soldados no Iraque, o Ministério do
Interior elevou o nível de alerta e
ordenou que as medidas antiterror sejam revistas. O patrulhamento foi reforçado na região da
embaixada e dos consulados espanhóis e nos escritórios da empresa aérea Ibéria. O Japão anunciou que tomará medidas extras
de segurança -o país aumentara
o alerta no fim do ano, quando
enviou soldados ao Iraque.
Já o maior aliado dos EUA, o
Reino Unido, não confirmou nem
negou que tenha intensificado a
segurança. "Mantemos todos os
nossos procedimentos sob constante revisão", disse o Ministério
do Interior em comunicado.
Com agências internacionais
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