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São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003

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Para El Baradei, ainda não há provas da existência de armas proibidas

DA REDAÇÃO

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, o egípcio Mohamed El Baradei, disse que não há provas da existência de armas de destruição em massa no Iraque e que os inspetores da ONU, e não equipes americanas, deveriam analisar substâncias suspeitas.
Ontem, o diário britânico "The Guardian" afirmou que os EUA e o Reino Unido enviaram uma equipe secreta de inspetores para o Iraque atrás de armas proibidas.
"Até agora, não há provas de que o Iraque ainda tenha armas de destruição em massa, disse El Baradei a um jornal alemão.
"Não é suficiente que materiais suspeitos tenham sido encontrados e testados em laboratórios americanos, os resultados precisam ser checados pelos inspetores da ONU. Só agindo assim é que teremos uma conclusão confiável sobre as armas proibidas", disse.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse esperar que os inspetores possam voltar ao Iraque o mais rápido possível, pois ainda teriam autoridade para buscar programas proibidos no país.
O governo americano insiste que o Iraque armazena armas de destruição em massa que poderiam cair nas mãos de terroristas, mas ainda não encontrou provas.

Só suspeitas
Ontem, especialistas foram chamados a uma base aérea em Kirkuk, no norte iraquiano, para investigar ogivas suspeitas de apresentar traços de agentes químicos. No dia anterior, um coronel iraquiano havia denunciado a existência de 120 mísseis na base, dizendo que 24 deles levariam armas de destruição em massa.
Dois testes inicialmente mostraram traços de agentes nervosos nas ogivas, mas um terceiro teste desmentiu os primeiros. Novos exames estão estão sendo feitos.


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