DA REDAÇÃO

O novo governo espanhol, ontem empossado e liderado pelo socialista José Luis Rodríguez Zapatero, terá uma maioria de mulheres. Elas serão nove, contra oito homens. Outra novidade é a escolha da deputada Carme Chacon, de 37 anos, para o Ministério da Defesa. Ela ocupava a pasta da Habitação, está grávida e é uma liderança ascendente do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) na Catalunha.
Os nomes fortes do governo anterior foram reconduzidos a suas pastas, como a vice-presidente do Conselho e porta-voz, Maria Teresa Fernández de la Vega, e o vice-presidente encarregado da Economia, Pedro Solbes.
Miguel Ángel Moratinos continua na chefia da diplomacia, enquanto Alfredo Pérez Rubalcaba permanece no Ministério do Interior.
Quatro integrantes do governo anterior não foram reconduzidos, como Jesus Caldera, ministro do Trabalho, próximo de Zapatero.
Entre os cinco novos nomes, duas ministras ocuparão postos recém-criados. Bibiana Aido, de 31 anos, da Andaluzia, será a titular da Igualdade, enquanto a pasta da Ciência e Inovação será entregue a Cristina Garmendía, 45, que é basca.
Ela será encarregada de mecanismos que aumentem a produtividade industrial. Com o declínio do setor da construção civil, o Fundo Monetário Internacional prevê que a Espanha crescerá apenas 1,8% em 2008.
Ao dar posse a Garmendía, Zapatero disse esperar que ela leve a economia "a crescer mais e a crescer melhor".
Zapatero se tornou chefe do governo em 2004 e foi reconduzido pela vitória dos socialistas nas eleições parlamentares do último dia 9.
Seu partido elegeu 169 deputados, sete a menos que a maioria absoluta. Deverá ser apoiado por pequenos partidos regionais de esquerda.