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"Indústria do medo alimenta movimento"
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Críticos do movimento de
Estudantes pelo Porte de Armas em Universidades (SCCC)
acreditam que o grupo defende
uma proposta de política pública "terrível" e representam interesses da indústria armamentista. Os estudantes negam
qualquer vínculo comercial e
dizem manter as ações com dinheiro do próprio bolso.
Para o diretor de comunicação do Brady Centre (movimento civil que combate a violência gerada por armas de fogo), Peter Hamm, o SCCC não
merece ser levado a sério. São
"garotos que recebem dinheiro
do lobby das armas" para defenderem a alteração na lei.
"Achamos que deveriam se
concentrar no seu trabalho em
sala de aula; eles têm muito a
aprender sobre política pública", afirma Hamm.
Já o professor do Instituto de
Psicologia da USP e especialista
em violência urbana Paulo Endo vê influência da "indústria
do medo" na proposta dos estudantes. Endo diz que o sistema
econômico se tornou dependente da comercialização de
serviços e produtos que usam o
terror e a violência como propaganda e precisa manter a dinâmica do mercado.
"O americano, em geral,
acredita muito na violência como forma de pacificação", afirma Endo. Para o professor, se o
objetivo do movimento for alcançado, o Estado e as políticas
públicas estarão sendo parcialmente abolidos. "Aí é cada um
por si e Deus por todos."
(BC E GH)
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