São Paulo, quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

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"Ela está com a cara serena", diz embaixatriz

DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO PRÍNCIPE

A embaixatriz Roseana Kipman confirmou ontem à Folha, em Porto Príncipe, que foi ela quem encontrou o corpo de Zilda Arns, mas deu uma versão diferente tanto daquela divulgada pelo governo quanto da que a família diz ter recebido da Presidência da República.
"Eu trouxe o corpo dela aqui para base. Ela está com a cara serena, teve uma fratura craniana só e teve morte instantânea. A sua cara está relaxada, bonita. Ela veio de lá no meu colo até aqui", disse Roseana Kipman.
Kipman afirmou que participou pessoalmente da busca pelo corpo de Zilda, que teria sido soterrada numa escola enquanto participava de encontro com religiosos. De acordo com ela, ao menos 16 padres ainda estão sob os escombros.
"Ela estava fazendo uma palestra porque esse era o 11º país onde ela estava querendo montar a Pastoral da Criança. Estava conversando com os padres", disse a mulher do embaixador brasileiro, Igor Kipman.
Sobrinho de Zilda, o senador paranaense Flavio Arns (PT) chegou ontem à capital haitiana, onde viu o corpo da religiosa, na base brasileira.
"Ela estava conversando com um padre quando começou o terremoto. Aí ela se afastou do padre, e o padre se afastou pro outro lado. E foi pro lado onde ela se afastou que caiu. E o padre se salvou. Zilda caiu de uma altura de três andares", disse. (FM)


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