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Oposição critica proposta, mas demonstra divisão interna
DE BUENOS AIRES
A oposição argentina criticou
a proposta do governo de antecipação das eleições, mas com
diferenças que refletem suas
divisões internas.
A rejeição mais forte veio da
principal aliança opositora, de
centro, formada por UCR
(União Cívica Radical) e Coalizão Cívica, que apontou "destruição de regras" e "loucura
eleitoral". O vice-presidente
Julio Cobos, que negocia seu
retorno à UCR após romper
com o governo, pediu "respeito
ao processo eleitoral previsto":
"A confiança só se constrói com
previsibilidade".
O tom foi diferente dentro da
outra aliança opositora de
maior peso eleitoral, de centro-direita, formada por seguidores
dos deputados federais Felipe
Solá e Francisco de Narváez,
dissidentes do peronismo, e do
prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri.
Macri, que também adiantou
as eleições na capital, disse que
a mudança mostra "debilidade"
do governo, mas "não parece
má". Narváez foi na mesma linha. Já Solá criticou: "Nos obriga todos a estar prontos antes".
A aliança entre peronistas dissidentes e Macri ainda discute
quem seria o cabeça da lista da
aliança (as eleições legislativas
na Argentina são por listas partidárias) na Província de Buenos Aires -Solá ou Narváez.
Pelo lado do governo, o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Fellner, disse que
a alteração é "excepcional": "É
uma loucura que todos os que
temos responsabilidades públicas estejamos em campanha
até outubro". Governadores da
base do governo -como os de
Santa Cruz, Mendoza e Tucumán- afirmaram que também
vão antecipar o pleito local.
A lei argentina exige que as
eleições nacionais sejam convocadas com 90 dias de antecedência, por isso o projeto do governo deverá ser aprovado no
Congresso antes de 28 de março. Outra possibilidade seria o
governo incluir no projeto a alteração dessa exigência.
(TG)
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