São Paulo, sábado, 14 de março de 2009

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Zardari negocia saída para crise no Paquistão

DA REDAÇÃO

Acossado por protestos, o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, negocia acordo para devolver à oposição o governo do Punjab, mais rica Província do país. A cassação dos direitos políticos do ex-premiê Nawaz Sharif e de seu irmão, governador do Punjab, serviu de estopim a novos protestos pelo retorno dos juízes afastados pelo ex-ditador Pervez Musharraf.
A crise ameaça o precário equilíbrio do país, assolado por atentados terroristas, e tanto as Forças Armadas paquistanesas quanto o Pentágono pressionam o governo a negociar. A proposta ao PLM-N (Partido da Liga Muçulmana - Nawaz) foi anunciada após encontro de Zardari com o principal comandante militar do Paquistão, Ashfaq Parvez Kayani.
O enviado especial dos EUA, Richard Holbrooke, conversou com Zardari e com o premiê Yousuf Gilani por telefone anteontem, e a embaixadora Anne Patterson se reuniu com Sharif. O encontro, na casa do ex-premiê, tem peso simbólico -Sharif sempre foi visto com reserva por Washington, que adotou sanções contra seu governo por ter desenvolvido uma bomba atômica.
Qualquer acordo "depende de fiadores", segundo o PLM-N. "Zardari tem credibilidade zero", disse o porta-voz Sadiqul Farooq, lembrando que o presidente descumpriu a promessa de restituir os juízes -a volta do presidente da Suprema Corte, Iftikhar Chaudhry, ameaçaria a anistia a Zardari em 12 processos por corrupção.
A polícia impediu ontem a passagem de uma caravana de advogados rumo a Islamabad. A grande marcha à capital foi impedida de deixar Karachi anteontem, e centenas de oposicionistas estão presos.

Com agências internacionais


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