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Zardari negocia saída para crise no Paquistão
DA REDAÇÃO
Acossado por protestos, o
presidente paquistanês, Asif
Ali Zardari, negocia acordo
para devolver à oposição o
governo do Punjab, mais rica
Província do país. A cassação
dos direitos políticos do ex-premiê Nawaz Sharif e de
seu irmão, governador do
Punjab, serviu de estopim a
novos protestos pelo retorno
dos juízes afastados pelo ex-ditador Pervez Musharraf.
A crise ameaça o precário
equilíbrio do país, assolado
por atentados terroristas, e
tanto as Forças Armadas paquistanesas quanto o Pentágono pressionam o governo a
negociar. A proposta ao
PLM-N (Partido da Liga Muçulmana - Nawaz) foi anunciada após encontro de Zardari com o principal comandante militar do Paquistão,
Ashfaq Parvez Kayani.
O enviado especial dos
EUA, Richard Holbrooke,
conversou com Zardari e
com o premiê Yousuf Gilani
por telefone anteontem, e a
embaixadora Anne Patterson se reuniu com Sharif. O
encontro, na casa do ex-premiê, tem peso simbólico
-Sharif sempre foi visto com
reserva por Washington, que
adotou sanções contra seu
governo por ter desenvolvido uma bomba atômica.
Qualquer acordo "depende de fiadores", segundo o
PLM-N. "Zardari tem credibilidade zero", disse o porta-voz Sadiqul Farooq, lembrando que o presidente descumpriu a promessa de restituir os juízes -a volta do presidente da Suprema Corte,
Iftikhar Chaudhry, ameaçaria a anistia a Zardari em 12
processos por corrupção.
A polícia impediu ontem a
passagem de uma caravana
de advogados rumo a Islamabad. A grande marcha à capital foi impedida de deixar
Karachi anteontem, e centenas de oposicionistas estão
presos.
Com agências internacionais
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