São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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Chávez ameaça cortar petróleo dos EUA se houver "nova agressão"

Venezuelano diz que Fidel Castro voltou a governar Cuba "informalmente"

France Presse
Chávez discursa a multidão em Caracas, em ato que comemorou cinco anos do fracasso de golpe


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou ontem em entrevista coletiva que, se seu país for agredido novamente pelos EUA, seja direta ou indiretamente, ele cortará o fornecimento de petróleo cru para os americanos. Chávez fazia referência ao golpe de Estado fracassado que o tentou tirar do poder em abril de 2002.
Preso no dia 11 de abril, numa ação da qual participaram dirigentes civis e militares venezuelanos, ele foi libertado 48 horas depois por militares leais, sob pressão popular. Chávez responsabiliza os EUA pela orquestração do golpe.
"Se houver uma nova agressão contra o nosso governo não haverá nenhuma gota mais de petróleo para os EUA", disse. Os EUA compram cerca de 1,3 milhão de barris de petróleo por dia da Venezuela, cerca de 50% da produção local.
Na entrevista, Chávez também disse que o ditador de Cuba, Fidel Castro, já reassumiu parte de suas tarefas de governo na ilha, onde, até se afastar para uma cirurgia intestinal, em julho do ano passado, exercia os cargos de primeiro-secretário do Partido Comunista, comandante das Forças Armadas e presidente do Conselho Executivo de Estado.
Chávez disse que o cubano está "quase completamente recuperado" e "reassumiu boa parte de suas tarefas, não formalmente". Nas últimas duas semanas, Fidel publicou três artigos no jornal oficial "Granma", dois deles contra o uso do milho para a produção de álcool combustível.

Com agências internacionais


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