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Veterano do PS propõe frente, e Ségolène repele
DA REDAÇÃO
Michel Rocard, um líderes
veteranos do Partido Socialista na França, sugeriu ontem que sua candidata presidencial, Ségolène Royal, feche um acordo, já antes do
primeiro turno do dia 22,
com François Bayrou, candidato conservador que se
apresenta como centrista.
Bayrou recebeu positivamente a idéia, afirmando que
"será necessário ultrapassarmos as fronteiras do passado
[direita contra esquerda] para propor à França uma ação
diferenciada". Mas Ségolène
de imediato rejeitou o plano,
dizendo que não entraria em
"conchavos eleitorais à revelia dos eleitores".
Rocard foi primeiro-ministro entre 1988 e 1991. É
respeitado, mas não tem a
força para impor estratégias.
Sua proposta, em entrevista
ao "Le Monde", mesmo descartada, é atraente.
Seria uma maneira de se
contrapor à aliança informal
entre o candidato do bloco de
centro direita, Nicolas Sarkozy, que encabeça todas as
pesquisas, e o candidato da
extrema direita, Jean-Marie
Le Pen. Com uma visão de
mais longo prazo, Rocard
acha que os socialistas se
deslocaram na direção do
centro, um movimento semelhante ao da UDF, partido
que Bayrou preside e que
nasceu na direita.
Rocard acreditar que a
França pode ser governada
por forças no passado adversárias, como ocorre com a
coligação italiana que sustenta Romano Prodi.
"Frentenacionalização"
Ségolène postou ontem na
internet um depoimento que
endossa a suspeita de aliança
entre Sarkozy e Le Pen, da
Frente Nacional. É a "frentenacionalização" da candidatura de "Sarkô", segundo
neologismo recente no PS. A
candidata achou suspeita a
proposta de seu adversário
de centro direita de "introduzir alguma dose de proporcionalidade" no sistema
eleitoral distrital francês.
Na prática, isso levaria a
Frente Nacional a eleger pela
primeira vez deputados à Assembléia Nacional (Câmara
dos Deputados) e participar
da vida política ao lado de
partidos que a rejeitam porque a qualificam de neofascista e de não-republicana.
Com agências internacionais
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