São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2008

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Estatização eleva postos no setor público

DO ENVIADO A CIUDAD GUAYANA

As nacionalizações anunciadas nas últimas semanas de empresas da área de cimento e metalurgia acrescentarão cerca de 16,6 mil funcionários públicos à folha de pagamento do governo Hugo Chávez, um aumento de 0,8% no total de empregados estatais.
Apenas na Siderúrgica Sidor, de controle acionário da argentina Techint e com participação da Usiminas, o governo terá mais 12 mil funcionários, entre os contratados e terceirizados que Chávez prometeu absorver. Já as três cimenteiras, Cemex (México), Lafarge (França) e Holcim (Suíça), têm juntas 4.600 trabalhadores.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a Venezuela contava 2.117.224 funcionários públicos no final de janeiro, um aumento de 6,7% em 12 meses, período em que houve as nacionalizações da empresa de telecomunicações Cantv, da EDC (Eletricidade de Caracas) e das operações de petróleo da faixa do Orinoco, num total de mais de 60 mil trabalhadores.
Ao todo, foram criados 134.295 postos de trabalhos no Estado, entre janeiro do ano passado e o deste ano. Os funcionários públicos passaram de 18,5% a 19,3% do total de trabalhadores do país.

Eleições
Ontem, durante comemoração do fim do golpe de abril de 2002 que o tirou por 48 horas do poder, Chávez lembrou a derrota no referendo constitucional de dezembro último e exigiu dos seguidores uma "grande vitória" nas eleições estaduais e municipais de novembro.
Ele reconheceu que, para vencer, é preciso "aumentar a eficiência" do governo -muitos chavistas, descontentes com a gestão oficial, se abstiveram no referendo.
Dependem dessa vitória, disse ele, o futuro de sua "revolução" e o destino da América Latina frente ao imperialismo dos EUA. (FM)


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