São Paulo, terça-feira, 14 de abril de 2009

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Obama vai ter enviado especial para as Américas

SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

O presidente Barack Obama terá um enviado especial às Américas, um funcionário que cuidará das relações dos EUA com o Hemisfério Ocidental e responderá a ele e à secretária de Estado, Hillary Clinton.
A informação foi confirmada à Folha ontem pelo vice-conselheiro de Segurança Nacional para Comunicações Estratégicas da Casa Branca, Dennis McDonough. "O presidente e a secretária Clinton continuam muito comprometidos com a ideia de ter alguém no governo trabalhando com esses temas ininterruptamente", disse, em teleconferência ontem à noite.
Ambos veem o cargo ainda sem nome ocupado por alguém que enxergue "o amplo conjunto de oportunidades regionais", segundo McDonough, e que vá "além de apenas o que a atual estrutura de embaixadores tem", uma estrutura "que se se concentra pesadamente em relações bilaterais em cada país".
Obama e Hillary estão "trabalhando ativamente na questão", afirmou o assessor, que se recusou a dar uma data para o anúncio do nome: "Conseguir uma pessoa de estatura e capacidade e com relacionamento estabelecido tanto com a secretária como com o presidente é mais importante do que o tempo que levaremos para isso".
A criação do cargo era uma promessa de campanha de Obama, feita durante discurso em maio passado em Miami (Flórida), que havia perdido força depois da posse.
Indagado pela Folha sobre se o governo democrata cogitava levar em conta a sugestão feita pelo senador republicano Richard Lugar, de um "enviado especial" para lidar unicamente com Cuba, país com o qual os EUA não têm relações diplomáticas hoje, McDonough foi mais cauteloso, mas não descartou a opção.
"Nós divulgamos hoje [ontem] um conjunto muito importante de mudanças de políticas e não queremos congelar nenhuma política no tempo. É razoável que nós demos uma boa olhada em como essas mudanças serão implementadas, que tipo de reação e desdobramento essas mudanças catalisarão. Não quero me adiantar em relação a Cuba mais do que o presidente definiu hoje."


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