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Visita provoca protestos de países asiáticos
DA REDAÇÃO
A visita do premiê japonês, Junichiro Koizumi, ao
santuário de Yasukuni provocou reações de protesto
em países da Ásia.
"A questão essencial é se os
japoneses se arrependem
sinceramente daquele período agressivo da história",
disse o Ministério das Relações Exteriores da China em
uma declaração.
"Somos contrários a líderes japoneses visitarem e
orarem no santuário Yasukuni." A visita, segundo o
ministério, está "diretamente relacionada aos sentimentos das pessoas dos países
asiáticos que sofreram, incluindo a China".
Países em toda a Ásia sofreram com atrocidades cometidas pelo Japão, desde
assassinatos e tortura até o
uso de mulheres como escravas sexuais, na primeira
metade do século 20.
Horas antes da visita de
Koizumi, 20 sul-coreanos
cortaram seus próprios dedos mínimos em protesto.
Em uma cena transmitida
pela emissora de televisão
"YTN", de Seul, homens
usaram pequenas guilhotinas e colocaram os dedos
cortados sobre uma bandeira da Coréia do Sul.
O governo do país lamentou "profundamente" a visita. A Coréia do Sul se envolveu recentemente em uma
disputa sobre um livro didático, apontado por asiáticos
como uma tentativa de encobrir as brutalidades cometidas pelo Japão.
"O governo lamenta profundamente a visita do primeiro-ministro do Japão ao
santuário de Yasukuni, um
símbolo do militarismo japonês, apesar de nossas repetidas expressões de preocupação e da forte oposição
dentro do Japão", disse o
Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul em
uma declaração.
"Não temos palavras para
descrever a preocupação
com o fato de que um primeiro-ministro homenageie
criminosos de guerra que
destruíram a paz mundial e
causaram danos indescritíveis aos países vizinhos."
A Coréia do Sul suspendeu
alguns contatos oficiais com
o Japão por causa do livro
didático, mas os dois países
prometeram não deixar
questões políticas prejudicarem seu papel de anfitriões
conjuntos da Copa do Mundo de 2002. Não houve reação nas Filipinas.
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