São Paulo, segunda-feira, 14 de setembro de 2009

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Merkel defende aliança com direita em debate na TV

Votação deve marcar o fim da coalizão entre partido da chanceler, de centro-direita, e social-democratas, à esquerda

DA REDAÇÃO

A duas semanas da eleição de um novo governo na Alemanha, a chanceler (premiê) Angela Merkel defendeu ontem, durante debate na TV com seu principal adversário, a ideia de que o país precisa de uma nova coalizão, de centro-direita, para conduzir a economia com maior eficiência no processo de saída da crise.
As eleições parlamentares no país devem marcar o fim da atual coalizão de governo, que reúne o partido de Merkel, a União Democrata Cristã (CDU), de centro-direita, ao principal representante da centro-esquerda alemã, o Partido Social Democrata (SPD).
O adversário no debate, Frank-Walter Steinmeier, representante do SPD, é o ministro das Relações Exteriores do atual governo, sob a direção de Merkel.
"Essa grande coalizão funcionou bem sob a minha liderança", disse a chanceler, referindo-se a uma queda nos níveis de desemprego no país desde sua chegada ao poder, em 2005. "Mas creio que fomos nós [democratas-cristãos] que buscamos esse objetivo com maior determinação, por isso defendo um novo governo."
A nova força a compor com o partido de Angela Merkel é o liberal Partido Democrata Livre (FDP), à direita no espectro político local.
Steinmeier, por seu lado, disse que a coalizão ficou aquém de suas possibilidades, porque, segundo ele, o partido de Merkel se recusou a apoiar propostas que dariam maior segurança aos trabalhadores alemães, como a criação de um salário mínimo, apoiada pelos social-democratas.
Para Merkel, um padrão único de salário mínimo para todo o país e todos os setores da economia terminaria por produzir perda de empregos.
Segundo ela, para evitar efeitos "colaterais" de uma medida como essa, cada setor industrial deveria definir seu próprio salário mínimo.


Com agências internacionais

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